quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Isso também passa.

Estive pensando, louca mesmo é essa nossa vida. Tão efêmera, inconstante, fugaz.
Se carrego algumas certezas em minha existência até hoje, uma delas é que tudo, tudo mesmo é passageiro.
Nada é para sempre; nem as coisas ruins e tampouco as coisas boas. Tudo passa, passa tão rápido, que quando nos damos conta já passou.
E tudo aquilo que até ontem eram pilares em sua vida: a amizade de infância, o casamento de anos, a inocência dos filhos, a certeza de um amor... tudo isso vira pó. E do pó a vida segue, com alguns percalços e uma certa saudade, mas segue. E se adapta. E se refaz.

Sempre fui muito apegada a pessoas, sentimentos e lugares comuns. E sempre achei que se certas coisas passassem, deixariam um buraco irreparável em minha alma.
Mas hoje com um certo amadurecimento, vejo que não. Vejo muitos amigos se dispersando... a amizade já não é a mesma. Mas será que era pra ser?
Tantos amores que ficaram no passado e que não significam mais do que uma lembrança. Muitos objetivos de vida que no momento não fazem mais sentido.
Mas e aí? Todas as coisas vão passar e sobrará o que?
Quem fica?

É nessa hora que me apego a Deus e deixo ele tomar conta. A gente sofre de saudades, sofre por que as coisas nem sempre acontecem do jeito que planejamos. Mas a gente consegue se reerguer. 
E deve existir algo a mais, algo superior que justifique toda essa convivência passageira. Estamos aqui para aprender e crescer uns com os outros. Talvez algumas pessoas já tenham cumprido a missão que tinham em nossas vidas. Elas vão sair para dar lugar às outras.

Mas de uma coisa tenho certeza: uma relação construída nos laços do amor; seja ela de que tipo for, essa não passará. Ela viverá dentro de nós pela eternidade.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Run, baby Run!

Pois é. Confesso que ás vezes é dura essa vida de geração Y. Querer tantas e diversas coisas, tão rápidas e eficientes, sem possibilidade de erros, é quase um tsunami para a alma. E quase sempre não funcionam como deveriam, pois decisões rápidas, certeiras e extraordinárias só dão certo mesmo nos livros de teoria comportamental. Mas há de se correr o risco!
Eu devia, como sempre diz a minha mãe, "falar menos e fazer mais". Mas sinto que a minha formação em comunicação social me impede as vezes de manter a boca fechada. Eu falo demais mesmo e de vez em quando morro pela boca, eis o preço.
Sem mais rodeios, devo contar-lhes que há cerca de um mês tomei uma decisão um tanto atípica para quem conhece a minha vida social de perto: eu comecei a correr.
Han?! Como assim?
É, tipo... correr!
Correr, como fazem os corredores de rua. Colocar um tênis apropriado, um monitor cardíaco, fôlego nos pulmões e energia nas pernas para sair ganhando o asfalto. Simples assim.
Ou não tão simples quando não se tem nenhum histórico corporal dessa atividade tão fascinante. Ou vocês acham que é simplesmente sair correndo por aí?

Foi por intermédio de uma amiga que descobri, juro, pela primeira vez, que existiam no mundo grupos de corrida. (Só para citar o nível de ignorância esportista da pessoa que vos fala.) Mas calma, tenho um ponto a favor, pois sempre fui uma admiradora "de longe" da modalidade. Achava fascinante ver tantas pessoas correndo, como se fosse fácil e feliz aquele esforço todo. Sabia também que era um esporte de altíssimo gasto calórico, o que me deixava eufórica e afim de entrar para o hall de corredores, como toda mulher. Mas como não tinha meios, me limitava a admirar de longe e arriscar uns minutinhos sofridos na esteira.
Até que surgiu essa amiga, esse grupo e uma vontade monstra de fazer algo a respeito do meu futuro de uma vez por todas e para sempre (amém!).

Aqui estou eu então, um mês depois, ainda arriscando e sofrendo com os primeiros minutos correntes de um treinamento de verdade de corrida. Devo dizer que aos olhos dos meus amigos que ainda não aderiram à essa atividade maravilha, pareço chatíssima e pedante no meu dia-a-dia de treino. Me encontro imersa no mundo das planilhas de treino, pisadas, lesões, atividades neuro musculares, treinadores, provas, maratonas, revistas do ramo, trote, passadas e etc e tal! Nem mesmo nas minhas melhores expectativas esperaria que fosse treinar sábado de manhã e abolir a maioria das sextas de balada.
Vai ver essa tal endorfina faz algo a respeito, sem sabermos.
Só sei que estou feliz e motivada a levar isso para a vida. Encontrei uma equipe fantástica, que me assessora e me incentiva, e um ambiente excitante que me faz querer mais e mais.
Estou rezando muito para que isso não seja apenas uma fase, como muitas coisas em minha vida.
Mas não será, virou desafio pessoal.