segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Dilemas alimentícios

Aonde você pensa que está, folga? Passeando pela Disneyworld (odeio essa minha mania!), a comer fast foods e afins?

Vai malhar, preguiçosa!!

Dr Sérgio certamente me recriminaria e lembraria enfaticamente do "pão líquido, pão líquido, pão líquido." Credo, isso soa quase como aquelas vozes aterrorizantes dos filmes de terror, não?
O problema chave é que o problema problematicamente identificado, não é mais a cerveja (duramente nomeada de "pão líquido", pelo mesmo), e sim as comidas externas.
Come, come mesmo sua burra. Coma e jogue fora toda uma vida dedicada a um ofício!
Sim, rainha do drama é o meu nome. (Pior a amiga da minha irmã, que solta um berro estridente em frente ao espelho toda vez que identifica uma nova camada adiposa. hehe. Mulheres são seres curiosos)
Esse culto à beleza covardemente instalado após a revolução estética do século XXI em nossas mentes influenciáveis, é, com o perdão da palavra, uma bela merda!
Todo mundo sabe os efeitos pscicológicos que uma calça 38 provoca em um ser feminino, somos capazes de matar ou morrer por ela. E isso é só o começo para o desenrolar de uma vida pautada pelo sacrifício.
Sabem quantos dias não apareço na academia? Uns 10 pelo menos. Sua cara de pau inanimada!
Nada é desculpa, você sabe bem disso. Que se explodam os livros, as faculdades, o trabalho, as gandaias! Aconteça o que acontecer: não falte à academia!
Esse é o lema.
Ah, e eu não estou lhe perguntando se você me acha uma desequilibrada insana, propensa a problemas de anorexia!! (sim, isso é para você)
Vou malhar.
Aliás, o que estou a fazer aqui, meu Deus? Essa internet ferra com a minha vida! Já sei, é aqui, neste mesmo espaço cibernético que todas as minhas fraquezas são reveladas. Fraquezas digo, em relação à cultura "de não fazer nada." Já repararam quantas horas diárias somos dispostos a perder na internet, fazendo absolutamente nada?
Retornemos à vida sofrida! Ás corridas impiedosas! Aos aparelhos malvados, provocadores de dores intra-musculares! Às aulas de aeróbica que se dedicam a testar a todo instante o meu lado mais hilário: a coordenação motora!
E não pensem que esqueci de anotar a minha alimentação diária. Na verdade estou me negligenciando, enfrentar a verdade ás vezes é dureza.
Se não malhar como uma louca essa semana, sou uma pata.
Qué Qué! Uma linda patinha...
Nãooo, eu consigo. Quando coloco uma coisa na cabeça, sai debaixo!

sábado, 20 de outubro de 2007

T empo P ara M atar!

Se tem uma coisa que me irrita profundamente, é a tal da TPM.
Monstrinho emocional que aparece sem ser convidado em nossa casa feminina todos os meses. Sem perguntar, vai mexendo com o nosso humor e desbaratinando os nossos hormônios.
Eu já sei quando ela vem.
Chega de mansinho, como quem não quer nada e aos poucos vai me consumindo.
Primeiro coloco a culpa nos fatores rotineiros, mas depois de algumas crises, já sei que é a infeliz.
Sentimentos homicidas ecoam em meu ser, assim como uma raiva profunda ainda sem explicação.
Impaciência, muita impaciência. Não converse comigo pois o que conseguirei ao máximo antes de querer te matar, é resmungar algumas sílabas.
Uma tristeza profunda invade o meu ser, e todas as insatisfações com a vida vem a tona.
Moleza no corpo, inchaço, carência.
"Estou gorda." "Eu sou um nada."; são as únicas frases que desejamos pronunciar. E não diga o contrário, é pior!
Sorte que dura apenas um dia. Pelo menos no meu caso.
Acho que dois provavelmente me colocariam em cárcere.
Calma, não é tão horrível assim. Estou a digitar esses relatos sob os efeitos dela, saiba você.
Amanhã estará tudo bem.
Aliás, quando pensamos que nos livramos do inconveniente, rapidamente somos importunadas por sua prima do interior: a querida menstruação. E ela é mansa, fica uns 7 dias, de mala e cuia.
Puta que o pariu.
(Ah, que se explodam, hoje posso falar palavrões!)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O mundo está perdido.

Quanto mais me informo, pior é. As aulas de finanças e mercado só me revoltam. Eis alguns exemplos:

Que a classe baixa vem sendo covardemente explorada aqui neste nosso país, não é nenhuma novidade. Mas que a exploração beira o inaceitável, quase ninguém sabe. Segundo alguma lei, de algum artigo da constituição de 1988 (que eu não sei), todo brasileiro, residente de qualquer imóvel, deve pagar uma taxa anual ao governo, que se traduz no famoso imposto chamado IPTU. Pois bem. Até aí tudo bem. Janeiro geralmente é uma loucura para todos os cidadãos: IPTU, IPVA, matrículas e ainda a festa de compras do final do ano. Haja 13°!!
Se você escolher pagar o IPTU a vista, o governo te concede 13% de desconto sobre o valor total. Mas se for parcelar, isso meu amigo, com certeza implicará em taxas de juro. E mais as taxas de impressão de boleto. Resumindo: segundo a dedução de meu professor de finanças, um IPTU parcelado de R$6.000,00, resultará em taxas de juro de 2,73% ao mês. Já um de 120,00; encarregará uma taxa de 11,5% sobre o valor da parcela. Isso em uma prefeitura vigente do PT.

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As taxas de juro no financiamento em lojas de eletrodomésticos são exploradoras. Tá certo que elas concedem crédito a um contingente da população excluído. Mas pagar taxas de 5,5% ao mês, é um valor de mercado bem alto.

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A lei do mercado é a lei do ganha-ganha. Aconteça o que acontecer, os bancos sempre sairão na vantagem. Falando em empréstimos e financiamentos então, é um prato cheio. A base de cálculo utilizada para deduzir o valor das prestações é sempre a mais alta. Na dúvida do simples ou composto, a HP criou uma calculadora financeira exclusiva para os bancos. Ela deduz sempre a maior liquidez, e isso tem um nome: base de cálculo misto. Prepare o seu bolso, meu amigo.
Atenção aos contratos! É sabido que grande maioria da população não lê contratos antes de assinar. Especialmente aqueles extensos. Contratos de bancos costumam ter no mínimo umas 20 páginas daquele conteúdo estritamente técnico e com letras tão pequenas, que a visão ordinária encontra dificuldades. E nada é ilegal! Segundo analistas, todas as falcatruas e desvantagens estão previstas em laudo, os bobos somos nós, que mesmo assim cravamos lá a nossa assinatura.

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Cuidado quando o marketing anuncia o mesmo preço para pagamento a vista ou financiado de bens. Geralmente a taxa de juro já está deduzida no preço final do produto. Vale a pena neste caso pesquisar a concorrência, você com certeza encontrará menores preços.
O financiamento só é válido em uma excessão: em mercados de monopólio, aonde o preço é inegociável, e o financiamento é certamente uma opção ao cliente.

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Governo aceita negociar taxa de CPMF. Incrível essa coisa chamada política.
Oposição boazinha, aliada ao povo? Não sejamos inocentes, isso é só retaliação ao antigo governo de Fernando Henrique...

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Enfim uma decidão acertada e justa do TSF. A partir de agora os cargos ocupados no governo pertencem aos partidos. E infidelidade partidária resulta em cassação de mandato sem direito a recorrer. Mais do que óbvio, quando há um contigente mínimo de políticos realmente eleitos pelo voto direto. Uma alta porcentagem de políticos eleitos, bem mais da metade, se não me engano, tiveram suas cadeiras devido aos votos de legenda.

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No final, uma reflexão do livro "Elite da tropa": "Há quem pense que as pessoas se corrompem porque ganham pouco. Raciocínio estranho. Afinal, há milhões de pobres, no Brasil: gente séria e honesta. Por outro lado, os crimes de colarinho branco multiplicam-se feito epidemia. (...) Qual o antídoto para a corrupção? Na história do BOPE, a resposta foi uma só: orgulho. Orgulho pessoal e profissional. Respeito ao uniforme negro. Antes a morte que a desonra. O processo de seleção era tão difícil e doloroso, o ritual de passagem era tão dramático, que o pertencimento passou a ser o bem mais precioso. Ser membro do BOPE, partilhar dessa identidade, converteu-se no patrimônio mais valioso. A auto estima não tem preço. Portanto, não se negocia.

*

Engraçado. Se formos analisar a política e outros assuntos atuais, descobrimos só canalhice e crecentes motivos de revolta.
Mas sinceramente; é melhor estar por dentro e morrer de raiva, do que por fora e constituir mais um entremeio a classe dos ignorantes passivos.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Tropa de Elite

Não pretendia mesmo opinar.
Primeiro; porque mexeu com muitos valores meus.
Segundo; porque acho que já existem pontos e contrapontos suficientes na mídia.
Terceiro; porque é notoriamente complicado.
Contudo o meu lado de cidadã de direito não me deixa calar.

Eis alguns pontos:
  • Existem sempre os dois lados da moeda.
  • A teoria da relatividade é cabível; e a misericórdia para com o ser humano, no minimo aceitável.
  • O nosso sistema de segurança está falido e irremediavelmente corrompido.
  • A política, as relações de poder (mal administradas) e a corrupção são cancerígenas.
  • O tráfico, em aspecto majoritário, é sustentado e alimentado pelos usuários de drogas esporádicos.
  • A cultura do "jeitinho" é a maior falha histórica do Brasil.
  • A questão relevante quanto ao problema do tráfico de drogas não são as correntes milionárias de dinheiro geradas, a violência e tampouco a subsistência de um mercado institucionalmente ilegal, mas o que vem por trás disso e quantas vidas, estatisticamente, isso custa ao longo dos anos.
  • Crianças e pessoas inocentes morreram, morrem e continuarão a morrer vítimas desse mercado.
  • Não sejamos hipócritas: se você é usuário de drogas, você faz parte sim do sistema. E ponto.
  • Os grandes problemas sociais não se resolverão até que a população pare de pensar no macro. Na culpa do governo; no sistema ativo previamente existente. O que um cidadão consciente deve fazer é apenas a sua parte, só assim será possível almejar uma solução.
  • A política pública brasileira deve ser urgentemente refeita. Melhores salários, melhores incentivos: policiais não sobem o morro para morrer por 500 reais.
  • Existem três classes de indivíduos: aqueles com a índole corrompida - com esses não tem jeito, fazem parte da porcentagem minoritária que é podre na sociedade. Há aqueles notoriamente contrários: os de boa índole, que estão dispostos a ir à guerra. - essa classe é também minoritária e impotente, cada vez mais rara. E por fim, existe a grande maioria: os bons indivíduos que são levados por uma corrente chamada padrão social. Seguindo uma retórica cruelmente realista, diria que constituem uma classe medíocre e fraca. Aonde as falhas da alma humana são aceitáveis e a moral depende do ponto de vista. São pertencentes do quase, do morno, da zona de conforto. Frutos do meio. A meu ver, é a pior.
  • A alma humana é influenciável e facilmente corrompida.
  • Frase de José Padilha, diretor: "A classe média corrompe, e depois critica a corrupção. Muitos dos usuários de drogas vão em passeata contra a violência. Como eles podem fazer isso? Será que eles não sabem que o dinheiro deles está virando bala na mão dos bandidos?"
  • Para agir individualmente, vale a preocupação humanitária e a solidariedade; para agir em grupos maiores, o que vale é um pouco mais de racionalidade e se preciso, medidas mais duras.
  • O diretor do filme citado é um homem extremamente corajoso e ético, espero eu. A responsabilidade do sentimento causado na população é irreversível.
  • A discussão sobre o tema não deve durar apenas o tempo previsível do estouro midiático, mas deve instigar medidas práticas e permanentes na sociedade em geral.
  • A mensagem que deve ficar: Faça a sua parte.
  • Moral, ética e caráter são conceitos simplistas: ou você tem; ou não. Ou você as articula como peças regentes no cotidiano da sua vida; ou não. Não há o meio termo. Nem brechas.

Demora, mas chega.

Aprendi uma coisa: o único conselho válido é... "siga o seu coração."

Eu não posso mudar o mundo. E devo falar menos.
É só.

domingo, 14 de outubro de 2007


Miudezas do mundo de Amélie

“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” é um dos meus filmes prediletos. Quase toda resenha sobre ele diz tratar-se de uma obra sobre “garota francesa que um dia descobre um tesouro de criança em seu apartamento e, após encontrar o dono, decide fazer coisas boas por várias pessoas”. Sim, esse é o pano de fundo e a primeira metade do filme. Mas, eu acredito, a intenção ali era outra: falar sobre ridículos e corriqueiros prazeres da vida. E como cada pessoa se torna diferente das outras por causa disso.
A cada vez que apresenta um personagem, o narrador diz as coisas que aquele indivíduo ama ou odeia. A própria Amélie tinha preferências e incômodos banais. Ela amava colocar a mão toda no saco de lentilha, quebrar a casquinha do creme brullé com a colher e olhar a cara das pessoas no cinema quando a luz estava apagada. E detestava, entre outras coisas, gente de filme que dirige olhando pro lado.
Já a dona do café Deux Moulains odiava ver um homem ser humilhado na frente do filho. A aeromoça adorava o som da tigela de leite do gato tocando o chão. Nino gostava de colecionar fotos automáticas. O pai de Amélie era maníaco por esvaziar a caixa de ferramentas, limpar tudo e guardar os itens de volta – mas abominava sair da piscina e ter seu calção de banho colado no corpo. Hilário.
Cada um tinha minúsculos prazeres e desconfortos que os tornava únicos. Apesar de serem bobagens, comportamentos tolos não divididos com mais ninguém, isso podia dizer muitíssimo sobre suas personalidades. Depois de “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” passei a acreditar mais do que nunca: pessoas são apenas isso mesmo, aglomerados de manias miúdas, neuroses bobas e muito reveladoras.
As miudezas do comportamento podem dizer bastante de nós – pena não serem conhecidas pela maioria dos que nos cercam. Seria ótimo se, como no filme, fôssemos apresentados com o rol de três “amo” e três “odeio”. Você conhece a pessoa e recebe o cartão: “Fulano adora cheiro de grama cortada, adora repintar a cerca a cada seis meses e adora cachorros com nome de gente, tipo Arnaldo. Fulano odeia: velas escorridas, som de telefone e cadarço desamarrado”.
Pronto! Já saberíamos que o tal Fulano é apreciador da vida natural, não é preguiçoso e tem senso de humor. E que ele sente medo da morte, mas fica muito bem sozinho e é bastante organizado. Fácil, hã?"

Créditos:
http://garotasquedizemni.ig.com.br/archives/001318.php
Lindo, Lindo, Lindo!
Ultimamente tenho feito descobertas incríveis no mundo do cinema. Quer se sentir feliz e leve? Assista Amélie Poulain e resgate um pouco da beleza das coisas simples da vida.
Entrou para a minha lista de favoritos.
Encantadora a preocupação do diretor com as cores, com a fotografia, com o sentido. A meu ver um roteiro subversivo que prova que uma mídia pode ser bem sucedida sim, sem sexo e publicidade. E que pode nos deixar mensagens subentendidas fantásticas.
Quisera eu revolucionar dessa maneira o lado direito do cérebro!
Sem falar em Paris... a linda Paris que desfila sob os nossos olhos...
Amei.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

É pra você...

Não tenho tempo para gracinhas nesse feriado. Na verdade não sei o que estou a fazer aqui, quando deveria estar imersa nos livros.
Mas simplesmente não posso deixar o dia 11 de outubro passar em branco.
Vamos metaforizar.
Acreditas em anjos? Pois eu sim.
Anjos, no meu entendimento, são um pouco diferentes daqueles personagens mistificados que nos foram impostos. Não penso em seres assexuados, com aureolas e asas, dispostos a nos resgatar de um eventual precipício. Anjos são pessoas que estão na terra, ao nosso lado. Agora mesmo posso visualizar mentalmente um monte deles.
Eles te protegem, te seguram, aconselham. Sabem dizer aquelas palavras doces que ninguém mais sabe. No plano físico também erram, mas no espiritual, aquele em que se constitui a alma, são absolutamente perfeitos.
Podem ceder às tentações terrestres para estar ao seu lado pois geralmente levam uma vida rotineiramente normal.
Breve ou não, em sua passagem terrestre costuma deixar marcas. Profundas e eternas.
Anjos geralmente são queridos por todos, a sua força interior irradia, e todos percebem.
Sou privilegiada pela presença de vários deles em minha vida, mas guardo no coração um em especial.
Pela data alguns já devem saber do que estou falando.
Pateticamente redundante, sigo com as minhas homenagens. E seguirei eternamente.
Você foi um anjo em minha vida, primo querido. E continua sendo.
Uma grande força, inspiração, saudade. Vontade de viver por nós dois.
Ontem fizeram 4 anos. Sem você.
Dedico-lhe todas as minhas orações, e tenho esperança que um dia a gente ainda vá se reencontrar.
Fique ao lado de Deus meu lindo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Recordar é viver.

Os anos passam, a gente vai ficando mais velha, mas as datas comemorativas perpetuam. Engraçado a noção de tempo, né? Quem foi o cara que institucionalizou a noção de dias, meses, anos? E como conseguiu que toda uma sociedade vivesse a mercê dele?
Ja passei 22 dias das crianças, se for pensar. E nesses 22 anos, já tem pelo menos uns 6 que não posso comemora-lo mais. Mas quem disse?
Esse ano resolvi fazer diferente e presentear todas as crianças que conheço. Sim, comprei presentes para todos os meus "sobrinhos" pequenos em um extraordinário (ou nem tanto assim) ato de consumo compulsivo.
Quanto tempo não adentrava uma loja de brinquedos! Tinha até me esquecido de como era divertido. De repente reconheci tantos joguinhos "da minha época"... coisas que passaram ilesas a gerações e gerações.
Cara a cara! Barbies e seu mundo cor de rosa! Massinhas! Quebra Cabeças!
Fiquei fascinada e não resisti ao impulso de adquirir um desses para que a minha priminha pudesse conhecer algo assim em sua infância.
E a carinha de felicidade deles quando abrem um embrulho? Definitivamente paga qualquer sacrifício.
Crianças são anjos. São presentes que Deus coloca em nossas mãos para que façamos deles pessoas de bem; ou não.
São puros, virgens, inocentes.
Eu amo as crianças. Seria bom mesmo se pudéssemos viver para sempre na terra do nunca, brincando em casinhas de árvore e correndo pelos campos até que estivéssemos bastante esgotados para só cairmos na cama e dormirmos. Sinto uma grande nostalgia ao lembrar da minha, tão feliz e tão ativa entremeio uma família que naquela época ainda era perfeita.
O dia das crianças não passará em branco para mim! Sabem aonde vou hoje? No zoológico! Não com crianças em seu sentido literal, mas com crianças de coração: minhas amigas! Juntas iremos fazer um lindo piquinique no meio do bosque, como nos velhos tempos!
Que delícia! Depois conto pra vocês.
Estamos mesmo precisando resgatar a inocência... fica aí a dica ;)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Diário de Karen Jones

13:00 - Acordei? (que cara de pau!)
13:05 - um pouco de água
13:30 - almoço (sem fome nenhuma)
Cardápio do almoço: verduras (sabiam que as verduras, por constituirem fibras, são calorias negativas? viva!!), 1/2 ovo, um bife (frito!!), uma colher de escondidinho de camarão de domingo (???? pq comi isso, meu deus?!) e 1/5 de copo de suco de maracujá.
0 práticas aeróbicas por enquanto. (descer e subir a escada conta?)
0 cigarros (pois não fumo)


Bom, contando que agora são 13:53hs, isso foi o que ingeri no dia de hoje até o momento.
Louca com pseudo-distúrbios anoréxicos recentemente adquiridos? Não, calma. Estou seguindo orientações médicas. Segundo o louco do meu nutricionista, devo manter, a partir de agora uma espécie de diário gastronômico. Afim de me vigiar e constatar se afinal eu aprendi ou não a comer.
Porque emagrecer envolve tantas e tantas artimanhas hein? Tanto sacrifício eterno?
Vocês já pararam pra pensar quanto tempo e quanta força de vontade arrancada lá do seu âmago, leva para finalmente passar a gostar de malhar? Quanto trabalho pscicológico envolve uma hora de corrida na esteira? Pois todos sabem, os segundos encima daquele cruel aparelho aeróbico são simplesmente martirizantes. E da-lhe MP3 e viagens e viagens mentais afim de despistar a dor latente das minhas pernas!
Eu mereço um prêmio.
Risos.
Outra: segundo o mesmo querido nutricionista louco, devo religiosamente comer de 3 em três horas. De acordo com seus estudos medicinais, pular uma refeição é tão ruim (ou pior) do que ter comido e exagerado em uma mesma. Sabem porque? Saibam queridos leitores, que o inútil do nosso organismo produz hormônios para repor a abstinência alimentar. E esses infelizes hormônios são responsáveis pelo aumento de algumas taxas adiposas em nosso organismo. A natureza é tão complexa! Será que você, querido corpinho, não entendeu que estamos em uma fase de RECESSÃO? Perder, e não ganhar! Abstinência, e não exageros.
O que é a comida frente à uma calça 38?
Assim seremos todos felizes, prometo te amar.
Ahaha. Desculpem, foi um breve delírio de minha imaginação fértil. Estava a conversar comigo mesma e esqueci que estavam aí.
Sim, não regulo bem, é melhor não contrariar.
Ah outra dica importante: se beneficiem do mais precioso segredo humano: a ÁGUA!
Sim, ela mesma. Bebam sem moderação, pois os benefícios são imensuráveis.
Aiai, fala que não me tornei praticamente uma Lucília Diniz em matéria de emagrecimento?
haha.
Estou obcessivamente feliz, é como se uma força me empurrasse para o objetivo e cada quilo perdido se tranformasse em uma vitória pessoal.
Isso me desvia de pensamentos mais fúteis e infundados, viva! Antes obcessiva comigo mesma do que com outras coisas sem importância.
Então é isso. Vou parando por aqui, pois devo me dedicar a ofícios reais, como a minha prova de hoje. E daqui a pouco já passaram-se as tais três horas: devo comer outra vez. Oh, Deus!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Inventando moda...

Dias quentes, cores e texturas, moda fashion. Oh Deus, sera que sou eu, ou todas as mulheres estao simplesmente a passar mal com essa moda de verao? Vim caminhando hoje para a academia e quase nao pude me conter ao conferir as vitrines no trajeto.

Esta tudo maravilhosamente belo, fascinante. Eu amo verao e todos os seus vestidinhos, cores espalhafatosas, cintos, shorts e tudo mais a que tivermos direito!


viva o amarelo, o laranja, o vermelho sangue, o rosa, o lilas!


Estou amando simplesmente tudo!


Controle-se Karen, controle-se!






sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Pro dia nascer feliz!

"Às vezes, fico triste, mas não consigo me sentir infeliz. Acho que o tédio é o sentimento mais moderno que existe, que define o nosso tempo. Tento fugir disso, pois tenho uma certa tendência ao tédio. Mas, felizmente, eu sou animadérrimo! Sou muito animado pra sentir tédio. Sou animado à beça, qualquer coisa me anima. Se você me convida pra ir à Barra da Tijuca, eu já digo logo: Vaaaamos!!! Qualquer besteira me anima. Tudo que já passei na minha vida não conseguiu tirar essa animação. "

Vida louca, vida... vida imensa. Não é que do nada eu descubro uma figura extraordinária, que sempre esteve exposto e no entanto nunca me dei conta?
Estou a falar de Cazuza, menino carioca que se tornou um dos maiores ídolos musicais do nosso país. E que já nos deixou.
Engraçado que nunca tinha parado para refletir sobre suas canções. Agora, sabendo um pouco de sua vida e sua história, finalmente pude atentar ao grande exemplo, ser humano, poeta.
Cazuza era um enviado especial e subversivo a meu ver. Mesmo nascendo inserido nos moldes de nossa sociedade cruel e ditadorial, ele sempre demonstrou um sentimento raro de coragem e autenticidade. Ele vivia fora de seu tempo e talvez de todos os tempos. Escolheu uma vida marginalizada pautada em suas próprias ideologias. E isso implica coragem.
Era um poeta nato, amante da vida, das artes e do amor ao próximo. Tinha a alegria como premissa. Um espelho para várias e várias gerações.
Praticante confesso da máxima sexo, drogas e rock n' roll, pagou um preço caro pela liberdade sem escrúpulos. Mas a loucura fora perdoada, pois ele acreditava no que vivia. Cazuza não era um vagabundo irresponsável; sabia da importância da leitura, da educação, da subversão do pensamento. Quando trabalhava, se dedicava com seriedade e afinco. Sabia interpretar as dores e poemas do mundo. Tinha um ideal e acreditava nele acima de tudo, até mesmo em frente à tentações fortes para o caráter humano, como a fama e o dinheiro. Era um idealista. Ele tinha uma qualidade escassa nos dias atuais: era portador do sonho. Lembro de uma passagem muito válida no filme, quando ele questionava com a mãe sobre o sucesso e a fama alcançada. "Mãe, o que vem depois disso? O que vou querer agora? Querer alguma coisa é o que nos mantém vivos." Bonito isso. É isso que a nossa geração deveria seguir: se querem ser loucos, que sejam. Cada um é portador e responsável pelo próprio corpo e mente, entretanto, sustente a sua loucura ao menos em uma ideologia. Isso é muito maior do que acontece hoje, quando enchemos a cara por nada. "Ficar louco" virou um fator de inclusão social o qual nos fora imposto e que no entanto ninguém verdadeiramente sabe aonde devemos chegar. Entendem? A marginalidade de Cazuza gerou produtos positivos; e a nossa?!

Como venho passando por um processo gradual de amadurecimento, inclusive de minha moralidade, algumas coisas que tomo conhecimento mexem muito comigo. E foi o que aconteceu ontem assistindo à vida desse cantor. Não pelo ídolo em si, mas pelo seu legado.
Perdi o sono logo após, desenrolando uma série de pensamentos loucos, que vão além da minha capacidade de compreensão. Aqueles desvaneios sobre os mistérios da vida, que se levarmos muito a sério, acabamos paranóicos.
Somos obrigados a escolher entre uma vida curta, porém intensa; ou uma vida longa e medíocre.
Tenho medo disso.

Uma coisa que me chamou muito a atenção foi a questão das drogas. Foi como uma súbita inversão de valores. Não sei explicar.
Digo isso não por ser adepta, mas por sempre manter uma visão um pouco preconceituosa da questão.
Cazuza desde sempre fora um ser diferente, marginalizado pela sociedade. Fato não ocasionado por uma exclusão social, mas por sua própria convicção de que seus valores se divergiam da maioria. E ao mesmo tempo era tão apaixonado pelas pessoas. Gostava da vida, da natureza, do encontro. Sustentava comportamentos que desafiavam o seu tempo e sociedade, e tinha peito para assumir as consequências. Acreditava que a viagem provocada pelas drogas e pelas bebidas era nada mais do que libertação. "O pão é realidade; o alcool é a imaginação." Foi um dos grandes amantes desse sentimento chamado amor. É isso; talvez toda a loucura possa ser explicada pelo amor.
Mas como tudo tem um preço, Cazuza ironicamente pagou com a moeda mais cara: sua própria vida. A vida que tanto amava. Paradoxal isso, não?
É esse o ponto. Para ser louco, ao contrário do que se pensa, deves ser mais corajoso e responsável do que um simples ser social. Pois é preciso sustentar a loucura e suportar o peso das duras consequências de fazer parte da excessão. Sustentar o seu mundo, os seus modos e a repressão inevitável da sociedade.
O nosso cantor certamente não percebeu que os seus objetivos andavam em direções opostas. O que mais apreciava era viver. Mas como sustentar uma vida longa, se ao tempo inteiro estás ligado na intensidade máxima a depredar o seu próprio corpo?
Em suma, é quase uma questão administrativa mesmo. O primordial, e mais difícil inclusive, é sabermos a que estamos aqui. Ser um bom gestor da própria existência, fazer escolhas.
Não acho que todas as pessoas desempenham missões especiais nesta Terra, apesar de todas representarem um papel. Há aquelas iluminadas. Penso eu que o mais fácil está em ser comodamente levado por essa força chamada sociedade. Sem perceber desde os nossos primeiros anos de vida fomos engessados em um sistema, e me incomoda pensar que talvez possamos ser reféns de um modelo imposto não sei por quem. E outra, mesmo que nos indignemos, a hipocrisia nos permitirá viver fora desse círculo? Somos "Cazuzas" na coragem?
Descobrir o meu eu talvez seja a coisa mais difícil a que estou me propondo. Mas preciso disso. Não nos cabe julgar propósitos menores ou maiores, me admiram aqueles que simplesmente os tem. Essa é a verdadeira revolução.
Nossa, só pelo tamanho do texto já deu pra ver como o assunto mexeu comigo, né.
Mas taí: Cazuza tem a minha eterna admiração. Foi um ser iluminado, um grande cara.
"Ideologia, eu quero uma pra viver!"

Cazuza - O Tempo Não Pára

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O que que há meu país?

"Eu sou a única alternância de poder em 500 anos de história do país. Se eu errar vão dizer que trabalhador não sabe governar.”

(Quem? Quem poderia ser?)

Ai Deus. Essa frase do Lula me arrepia.
Estava vendo um documentário sobre JK ontem, que faz um paralelo com a época de Getúlio. Aprender história nunca é demais, serve para analisarmos o presente. Isso sem contar que nossos governantes certamente se espelham em algum líder político no passado. Lula se assemelha a Vargas no quesito populismo. Estarei sendo ignorante nesta opinião? Bom, não sei, mas só essa frase acima já justifica.
O populismo é uma praga que voltou a se alastrar no mundo. E isso é preocupante.
Que dirá nossos vizinhos latino americanos. Chávez! Ivo Morales! Agora o casal argentino, que apesar de não se declararem abertamente socialistas, não sabemos ao certo suas intenções para perpetuarem no poder. Não sei, mas parece que o Equador também se muniu da praga socialista com o seu novo presidente. Assim como a Rússia.
É um perigo se a moda pega, ainda mais tendo um presidente com tendências populistas.
E as ações vão acontecendo clamufadas: reestatizar a vale, investir na política assistencialista, crescer na economia e depredar o serviço público, criar cargos e mais cargos de servidores do estado.
Que Deus proteja a nossa democracia, tão arduamente conquistada. Não há valor maior em uma sociedade do que a liberdade de expressão. Nem imagino viver os horrores da ditadura de novo e suportar um mandato vitalício de qualquer presidente.
A Lilian Whittfibe expôs um ponto interessante ontem no programa do Jô. Por mais que esteja caótica a nossa máquina pública, devemos preservar as nossas instituições. Pois sem elas não há democracia, e sem democracia não há direito de voto.
Se for preciso devemos ir às ruas sim, reinvidicar antes que seja tarde.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Fundação do Conhecimento...

O ímpeto pela crítica é parte de nossa essência. Estranhamente a índole humana é tendenciosa à depreciação. Triste isso, não? Posso provar. Pare e começe a observar: criticamos muito mais do que reverenciamos. Como os elogios estão escassos em nossa rotina!
Por isso peço permissão para fazer diferente.
Se pudesse dar uma dica valiosa de crescimento profissional e pessoal para quem lê esse humilde blog, indicaria uma instituição: FDC.

"Criada em 1976, como desdobramento do Centro de Extensão da Universidade Católica de Minas Gerais, instituição autônoma, sem fins lucrativos, considerada de utilidade pública, em 30 anos de atuação, a Fundação Dom Cabral manteve sólida articulação internacional, que garante seu acesso a grandes centros produtores de tecnologia de gestão e a modernas correntes do pensamento empresarial. Depois de formar milhares de executivos, em constante integração com as empresas, a FDC tornou-se referência nacional em seu setor, participando da melhoria do nível gerencial e do desenvolvimento empresarial brasileiro. Circulam, anualmente, pelos seus programas abertos e fechados cerca de 20.000 executivos, de empresas de médio e grande porte. "


Uma feliz aspiração do destino me fez escolher a Fundação. Entrei sem muitos precedentes, já que adentrava uma área completamente nova à minha formação.
Defendo a instituição sem fins comerciais, sou apenas uma aluna agradecida e encantada pelos conhecimentos gerados em meu ser através dela. A FDC se revelou a mim uma escola totalmente ética, conceito tão raro nos dias atuais. Me ensina gradativamente a pensar diferente. Se considerarmos apenas o seu negócio, poderíamos dizer que ela nada mais faz do que cumpre o seu papel como instituição de ensino. Mas, inseridos em um sistema capitalista corrupto, a vejo como excessão e espelho. Excessão; porque como já fora dito anteriormente, ela desempenha o seu papel ético. E espelho; porque é o modelo a qual pretendo seguir.
Uma ressalva para dizer que não acredito em empresas filantrópicas e caridosas, e esse inclusive é um assunto abordado em todas as aulas. Empresas são criadas para o lucro e não para gerar a felicidade alheia. Mas é possível sim aliar lucro ao compromisso de formar pessoas íntegras. E isso, ela me mostra, é possível em qualquer negócio à que seu gestor se comprometa a pensar em algo mais do que no simples produto.
É a primeira vez que frequento uma universidade com vontade e interesse. Me comprometi com um propósito de vida, e agradeço os envolvidos diretos e indiretos para o desenvolvimento desse novo olhar. E digo mais: se pudesse de alguma forma contribuir profissionalmente com a Fundação, o faria. Pois acredito nela.
Até o momento me surpreendi com todas as aulas, e pretendo seguir meu futuro acadêmico ali. Estou a desenvolver potencialidades que até então não conhecia em mim, e assim me sinto cada vez mais encorajada a trilhar a minha carreira profissional e fazer algo de valor nesta vida terreste.
Sem querer parecer intelectual demais, digo com toda a alegria que finalmente descobri o prazer de estudar. E me sinto tão realizada! Outro conselho que sempre digo aos meus familiares (que andam um pouco fora da linha) e amigos: estudem! Estudem sempre. O conhecimento é sempre valioso a curto e a longo prazo. A formação moral é o que constrói a humanidade.
Não pensem que podemos nos desenvolver apenas com as nossas aspirações conscientes, pois aliado ao conhecimento, o ser humano pode muito mais.
Os prazeres e lazeres são supérfulos e peculiares, daí o conceito de prazer. Se não fossem para ser esporádicos, seriam deveres. Por isso, não paute a sua existência somente nos prazeres!
O que faz realmente essa vida valer a pena é aquilo que construimos. Ao que nos dedicamos. Ao que cada um acredita.
Sempre me espelho nos grandes mestres do mundo. Eles conheciam muito mais do que qualquer segredo ou dom divino; eles sabiam a importância do conhecimento. Não é atoa que Leonardo da Vinci era Médico legista, filósofo, artista, professor e tantas outras coisas mais.
É isso. Acreditem no poder tranformador do estudo! O conhecimento é uma dádiva concedida à você, ninguém te tira isso.
Acredite na revolução do mundo, no crescimento. Vejo a minha geração bastante perdida nos lazeres, e sem muitos sonhos. É disso que estamos precisando! Pensadores, revolucionários, trabalhadores! A felicidade advém em grande parte dessa premissa.
Eu acredito em um mundo melhor e quero ser parte disso. Meus sinceros agradecimentos à FDC que me abriu os olhos. Eu visto mesmo a sua camisa!

Papo de mulher

Dilemas fazem parte do dia-a-dia feminino. Isso é um fato.
Na época da famosa TPM (tensão pré menstrual, ou se preferirem; tempo para matar, hehe.) então, é um prato cheio.
Especialmente para aquelas mulheres que já tem um pezinho no mundo fantástico de Bob, ou de Karen. Sim, estou falando de mim.
Eis que a síndrome Bridget Jones instala-se em minha pessoa e assim o passado vem a tona, o futuro se alarma e o presente se confunde. E da-lhe Divã das amigas!
Sigo a anotar freneticamente algumas teias complicadas de raciocínio, que na verdade nunca levam a nada. Trabalhar com suposições e desejos é uma coisa complicada.

"Bridget Jones é uma trintona que decide, entre as resoluções de Ano Novo escrever um diário. Bridget Jones revela, a cada capítulo, as suas qualidades e os seus defeitos, além de expor com muito humor situações que fazem parte do dia-a-dia de várias mulheres na faixa dos trinta anos: problemas com o trabalho, a busca do homem ideal etc. Cada capítulo do livro trata de um determinado dia na vida desta anti-heroína, que sempre inicia o seu relato contabilizando o peso e as calorias, cigarros e unidades alcoólicas que consumiu no dia anterior."

Qualquer semelhança é mera coincidência. Na verdade penso que todas nós mulheres temos um pouquinho de Bridget. A amo, como se realmente existisse! Sei que é um pouco perigoso me inclinar para esse lado fantasioso da vida, e sim, já senti as desastrosas consequências. Mas o que fazer ? É quase incontrolável.
Acho que a saída é escrever um livro e ajudar outras pobres mulheres que passam pelos mesmos dilemas. Ou então enlouquecê-las de vez, né!
Sempre pensei em algo mirabolante como criar um clube de discussões, tipo aqueles centros de recuperação, sabem? haha! E não me achem uma louca, já tenho várias associadas!
O encontro se daria em um bar, onde encheríamos a cara e nos tranformaríamos em uma irmandade solidária, aptas a falar mal dessa raça maldita chamada homens. Tem coisa melhor?
Não, é melhor não. Certamente com o passar do tempo a diversão passaria a ser um clube de mal amadas alcoolatras que só sabem reclamar da vida.
Definitivamente, não!
É melhor criarmos um clube de investimentos e ficarmos ricas e felizes com as nossas bolsas Prada.
Ai Karen, aterrizando. hehe

Tudo isso é muito divertido, e se querem saber, os dilemas fazem parte de nossa vida. Na verdade os amamos! Sentimentalismo discursivo foi realmente criado para o universo feminino, dessa forma devemos fazer uso, não?
Anotar mesmo freneticamente as calorias consumidas e as promessas de ginástica diária e dieta nunca cumpridas!

Além do mais, isso tudo é apenas uma desculpa, pois quando queremos mesmo paramos de dilemar e resolvemos a nossa vida em um só passo.
Não queridos, não somos nós o sexo frágil!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Porque metade de mim...

O silêncio vale mais do que mil palavras.

"Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância. Porque metade de mim é a lembrança do que já fui, a outra metade eu não sei... Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito. E que o teu silêncio me fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço."

Oswaldo Montenegro.