quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Tempo.

Nos achamos muito espertos, mas o maior defeito humano talvez seja o de não saber mensurar a noção de tempo e espaço em determinadas situações.
O que deve ser curto, nos parece longo demais; e a recíproca também é verdadeira.
Foi assim com Da Vinci, gênio das obras inacabadas. Entremeio tanta busca da perfeição, esquecera ele de calcular o tempo exato das suas artes?
O que é o tempo, afinal? Me intriga pensar a partir de quais premissas foi-se criada uma noção abstrata, que agregou o poder infindável de guiar as nossas vidas. E como nos tornamos escravos dele!
Tempo de planejamento, tempo de implementação, tempo perdido!
Ou me arriscaria a montar o fluxo inverso: Tempo perdido, implementado... planejado!
É loucura, é cíclico.

p.s. Sim, estou de volta!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Dilemas alimentícios

Aonde você pensa que está, folga? Passeando pela Disneyworld (odeio essa minha mania!), a comer fast foods e afins?

Vai malhar, preguiçosa!!

Dr Sérgio certamente me recriminaria e lembraria enfaticamente do "pão líquido, pão líquido, pão líquido." Credo, isso soa quase como aquelas vozes aterrorizantes dos filmes de terror, não?
O problema chave é que o problema problematicamente identificado, não é mais a cerveja (duramente nomeada de "pão líquido", pelo mesmo), e sim as comidas externas.
Come, come mesmo sua burra. Coma e jogue fora toda uma vida dedicada a um ofício!
Sim, rainha do drama é o meu nome. (Pior a amiga da minha irmã, que solta um berro estridente em frente ao espelho toda vez que identifica uma nova camada adiposa. hehe. Mulheres são seres curiosos)
Esse culto à beleza covardemente instalado após a revolução estética do século XXI em nossas mentes influenciáveis, é, com o perdão da palavra, uma bela merda!
Todo mundo sabe os efeitos pscicológicos que uma calça 38 provoca em um ser feminino, somos capazes de matar ou morrer por ela. E isso é só o começo para o desenrolar de uma vida pautada pelo sacrifício.
Sabem quantos dias não apareço na academia? Uns 10 pelo menos. Sua cara de pau inanimada!
Nada é desculpa, você sabe bem disso. Que se explodam os livros, as faculdades, o trabalho, as gandaias! Aconteça o que acontecer: não falte à academia!
Esse é o lema.
Ah, e eu não estou lhe perguntando se você me acha uma desequilibrada insana, propensa a problemas de anorexia!! (sim, isso é para você)
Vou malhar.
Aliás, o que estou a fazer aqui, meu Deus? Essa internet ferra com a minha vida! Já sei, é aqui, neste mesmo espaço cibernético que todas as minhas fraquezas são reveladas. Fraquezas digo, em relação à cultura "de não fazer nada." Já repararam quantas horas diárias somos dispostos a perder na internet, fazendo absolutamente nada?
Retornemos à vida sofrida! Ás corridas impiedosas! Aos aparelhos malvados, provocadores de dores intra-musculares! Às aulas de aeróbica que se dedicam a testar a todo instante o meu lado mais hilário: a coordenação motora!
E não pensem que esqueci de anotar a minha alimentação diária. Na verdade estou me negligenciando, enfrentar a verdade ás vezes é dureza.
Se não malhar como uma louca essa semana, sou uma pata.
Qué Qué! Uma linda patinha...
Nãooo, eu consigo. Quando coloco uma coisa na cabeça, sai debaixo!

sábado, 20 de outubro de 2007

T empo P ara M atar!

Se tem uma coisa que me irrita profundamente, é a tal da TPM.
Monstrinho emocional que aparece sem ser convidado em nossa casa feminina todos os meses. Sem perguntar, vai mexendo com o nosso humor e desbaratinando os nossos hormônios.
Eu já sei quando ela vem.
Chega de mansinho, como quem não quer nada e aos poucos vai me consumindo.
Primeiro coloco a culpa nos fatores rotineiros, mas depois de algumas crises, já sei que é a infeliz.
Sentimentos homicidas ecoam em meu ser, assim como uma raiva profunda ainda sem explicação.
Impaciência, muita impaciência. Não converse comigo pois o que conseguirei ao máximo antes de querer te matar, é resmungar algumas sílabas.
Uma tristeza profunda invade o meu ser, e todas as insatisfações com a vida vem a tona.
Moleza no corpo, inchaço, carência.
"Estou gorda." "Eu sou um nada."; são as únicas frases que desejamos pronunciar. E não diga o contrário, é pior!
Sorte que dura apenas um dia. Pelo menos no meu caso.
Acho que dois provavelmente me colocariam em cárcere.
Calma, não é tão horrível assim. Estou a digitar esses relatos sob os efeitos dela, saiba você.
Amanhã estará tudo bem.
Aliás, quando pensamos que nos livramos do inconveniente, rapidamente somos importunadas por sua prima do interior: a querida menstruação. E ela é mansa, fica uns 7 dias, de mala e cuia.
Puta que o pariu.
(Ah, que se explodam, hoje posso falar palavrões!)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O mundo está perdido.

Quanto mais me informo, pior é. As aulas de finanças e mercado só me revoltam. Eis alguns exemplos:

Que a classe baixa vem sendo covardemente explorada aqui neste nosso país, não é nenhuma novidade. Mas que a exploração beira o inaceitável, quase ninguém sabe. Segundo alguma lei, de algum artigo da constituição de 1988 (que eu não sei), todo brasileiro, residente de qualquer imóvel, deve pagar uma taxa anual ao governo, que se traduz no famoso imposto chamado IPTU. Pois bem. Até aí tudo bem. Janeiro geralmente é uma loucura para todos os cidadãos: IPTU, IPVA, matrículas e ainda a festa de compras do final do ano. Haja 13°!!
Se você escolher pagar o IPTU a vista, o governo te concede 13% de desconto sobre o valor total. Mas se for parcelar, isso meu amigo, com certeza implicará em taxas de juro. E mais as taxas de impressão de boleto. Resumindo: segundo a dedução de meu professor de finanças, um IPTU parcelado de R$6.000,00, resultará em taxas de juro de 2,73% ao mês. Já um de 120,00; encarregará uma taxa de 11,5% sobre o valor da parcela. Isso em uma prefeitura vigente do PT.

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As taxas de juro no financiamento em lojas de eletrodomésticos são exploradoras. Tá certo que elas concedem crédito a um contingente da população excluído. Mas pagar taxas de 5,5% ao mês, é um valor de mercado bem alto.

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A lei do mercado é a lei do ganha-ganha. Aconteça o que acontecer, os bancos sempre sairão na vantagem. Falando em empréstimos e financiamentos então, é um prato cheio. A base de cálculo utilizada para deduzir o valor das prestações é sempre a mais alta. Na dúvida do simples ou composto, a HP criou uma calculadora financeira exclusiva para os bancos. Ela deduz sempre a maior liquidez, e isso tem um nome: base de cálculo misto. Prepare o seu bolso, meu amigo.
Atenção aos contratos! É sabido que grande maioria da população não lê contratos antes de assinar. Especialmente aqueles extensos. Contratos de bancos costumam ter no mínimo umas 20 páginas daquele conteúdo estritamente técnico e com letras tão pequenas, que a visão ordinária encontra dificuldades. E nada é ilegal! Segundo analistas, todas as falcatruas e desvantagens estão previstas em laudo, os bobos somos nós, que mesmo assim cravamos lá a nossa assinatura.

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Cuidado quando o marketing anuncia o mesmo preço para pagamento a vista ou financiado de bens. Geralmente a taxa de juro já está deduzida no preço final do produto. Vale a pena neste caso pesquisar a concorrência, você com certeza encontrará menores preços.
O financiamento só é válido em uma excessão: em mercados de monopólio, aonde o preço é inegociável, e o financiamento é certamente uma opção ao cliente.

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Governo aceita negociar taxa de CPMF. Incrível essa coisa chamada política.
Oposição boazinha, aliada ao povo? Não sejamos inocentes, isso é só retaliação ao antigo governo de Fernando Henrique...

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Enfim uma decidão acertada e justa do TSF. A partir de agora os cargos ocupados no governo pertencem aos partidos. E infidelidade partidária resulta em cassação de mandato sem direito a recorrer. Mais do que óbvio, quando há um contigente mínimo de políticos realmente eleitos pelo voto direto. Uma alta porcentagem de políticos eleitos, bem mais da metade, se não me engano, tiveram suas cadeiras devido aos votos de legenda.

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No final, uma reflexão do livro "Elite da tropa": "Há quem pense que as pessoas se corrompem porque ganham pouco. Raciocínio estranho. Afinal, há milhões de pobres, no Brasil: gente séria e honesta. Por outro lado, os crimes de colarinho branco multiplicam-se feito epidemia. (...) Qual o antídoto para a corrupção? Na história do BOPE, a resposta foi uma só: orgulho. Orgulho pessoal e profissional. Respeito ao uniforme negro. Antes a morte que a desonra. O processo de seleção era tão difícil e doloroso, o ritual de passagem era tão dramático, que o pertencimento passou a ser o bem mais precioso. Ser membro do BOPE, partilhar dessa identidade, converteu-se no patrimônio mais valioso. A auto estima não tem preço. Portanto, não se negocia.

*

Engraçado. Se formos analisar a política e outros assuntos atuais, descobrimos só canalhice e crecentes motivos de revolta.
Mas sinceramente; é melhor estar por dentro e morrer de raiva, do que por fora e constituir mais um entremeio a classe dos ignorantes passivos.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Tropa de Elite

Não pretendia mesmo opinar.
Primeiro; porque mexeu com muitos valores meus.
Segundo; porque acho que já existem pontos e contrapontos suficientes na mídia.
Terceiro; porque é notoriamente complicado.
Contudo o meu lado de cidadã de direito não me deixa calar.

Eis alguns pontos:
  • Existem sempre os dois lados da moeda.
  • A teoria da relatividade é cabível; e a misericórdia para com o ser humano, no minimo aceitável.
  • O nosso sistema de segurança está falido e irremediavelmente corrompido.
  • A política, as relações de poder (mal administradas) e a corrupção são cancerígenas.
  • O tráfico, em aspecto majoritário, é sustentado e alimentado pelos usuários de drogas esporádicos.
  • A cultura do "jeitinho" é a maior falha histórica do Brasil.
  • A questão relevante quanto ao problema do tráfico de drogas não são as correntes milionárias de dinheiro geradas, a violência e tampouco a subsistência de um mercado institucionalmente ilegal, mas o que vem por trás disso e quantas vidas, estatisticamente, isso custa ao longo dos anos.
  • Crianças e pessoas inocentes morreram, morrem e continuarão a morrer vítimas desse mercado.
  • Não sejamos hipócritas: se você é usuário de drogas, você faz parte sim do sistema. E ponto.
  • Os grandes problemas sociais não se resolverão até que a população pare de pensar no macro. Na culpa do governo; no sistema ativo previamente existente. O que um cidadão consciente deve fazer é apenas a sua parte, só assim será possível almejar uma solução.
  • A política pública brasileira deve ser urgentemente refeita. Melhores salários, melhores incentivos: policiais não sobem o morro para morrer por 500 reais.
  • Existem três classes de indivíduos: aqueles com a índole corrompida - com esses não tem jeito, fazem parte da porcentagem minoritária que é podre na sociedade. Há aqueles notoriamente contrários: os de boa índole, que estão dispostos a ir à guerra. - essa classe é também minoritária e impotente, cada vez mais rara. E por fim, existe a grande maioria: os bons indivíduos que são levados por uma corrente chamada padrão social. Seguindo uma retórica cruelmente realista, diria que constituem uma classe medíocre e fraca. Aonde as falhas da alma humana são aceitáveis e a moral depende do ponto de vista. São pertencentes do quase, do morno, da zona de conforto. Frutos do meio. A meu ver, é a pior.
  • A alma humana é influenciável e facilmente corrompida.
  • Frase de José Padilha, diretor: "A classe média corrompe, e depois critica a corrupção. Muitos dos usuários de drogas vão em passeata contra a violência. Como eles podem fazer isso? Será que eles não sabem que o dinheiro deles está virando bala na mão dos bandidos?"
  • Para agir individualmente, vale a preocupação humanitária e a solidariedade; para agir em grupos maiores, o que vale é um pouco mais de racionalidade e se preciso, medidas mais duras.
  • O diretor do filme citado é um homem extremamente corajoso e ético, espero eu. A responsabilidade do sentimento causado na população é irreversível.
  • A discussão sobre o tema não deve durar apenas o tempo previsível do estouro midiático, mas deve instigar medidas práticas e permanentes na sociedade em geral.
  • A mensagem que deve ficar: Faça a sua parte.
  • Moral, ética e caráter são conceitos simplistas: ou você tem; ou não. Ou você as articula como peças regentes no cotidiano da sua vida; ou não. Não há o meio termo. Nem brechas.

Demora, mas chega.

Aprendi uma coisa: o único conselho válido é... "siga o seu coração."

Eu não posso mudar o mundo. E devo falar menos.
É só.

domingo, 14 de outubro de 2007


Miudezas do mundo de Amélie

“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” é um dos meus filmes prediletos. Quase toda resenha sobre ele diz tratar-se de uma obra sobre “garota francesa que um dia descobre um tesouro de criança em seu apartamento e, após encontrar o dono, decide fazer coisas boas por várias pessoas”. Sim, esse é o pano de fundo e a primeira metade do filme. Mas, eu acredito, a intenção ali era outra: falar sobre ridículos e corriqueiros prazeres da vida. E como cada pessoa se torna diferente das outras por causa disso.
A cada vez que apresenta um personagem, o narrador diz as coisas que aquele indivíduo ama ou odeia. A própria Amélie tinha preferências e incômodos banais. Ela amava colocar a mão toda no saco de lentilha, quebrar a casquinha do creme brullé com a colher e olhar a cara das pessoas no cinema quando a luz estava apagada. E detestava, entre outras coisas, gente de filme que dirige olhando pro lado.
Já a dona do café Deux Moulains odiava ver um homem ser humilhado na frente do filho. A aeromoça adorava o som da tigela de leite do gato tocando o chão. Nino gostava de colecionar fotos automáticas. O pai de Amélie era maníaco por esvaziar a caixa de ferramentas, limpar tudo e guardar os itens de volta – mas abominava sair da piscina e ter seu calção de banho colado no corpo. Hilário.
Cada um tinha minúsculos prazeres e desconfortos que os tornava únicos. Apesar de serem bobagens, comportamentos tolos não divididos com mais ninguém, isso podia dizer muitíssimo sobre suas personalidades. Depois de “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” passei a acreditar mais do que nunca: pessoas são apenas isso mesmo, aglomerados de manias miúdas, neuroses bobas e muito reveladoras.
As miudezas do comportamento podem dizer bastante de nós – pena não serem conhecidas pela maioria dos que nos cercam. Seria ótimo se, como no filme, fôssemos apresentados com o rol de três “amo” e três “odeio”. Você conhece a pessoa e recebe o cartão: “Fulano adora cheiro de grama cortada, adora repintar a cerca a cada seis meses e adora cachorros com nome de gente, tipo Arnaldo. Fulano odeia: velas escorridas, som de telefone e cadarço desamarrado”.
Pronto! Já saberíamos que o tal Fulano é apreciador da vida natural, não é preguiçoso e tem senso de humor. E que ele sente medo da morte, mas fica muito bem sozinho e é bastante organizado. Fácil, hã?"

Créditos:
http://garotasquedizemni.ig.com.br/archives/001318.php
Lindo, Lindo, Lindo!
Ultimamente tenho feito descobertas incríveis no mundo do cinema. Quer se sentir feliz e leve? Assista Amélie Poulain e resgate um pouco da beleza das coisas simples da vida.
Entrou para a minha lista de favoritos.
Encantadora a preocupação do diretor com as cores, com a fotografia, com o sentido. A meu ver um roteiro subversivo que prova que uma mídia pode ser bem sucedida sim, sem sexo e publicidade. E que pode nos deixar mensagens subentendidas fantásticas.
Quisera eu revolucionar dessa maneira o lado direito do cérebro!
Sem falar em Paris... a linda Paris que desfila sob os nossos olhos...
Amei.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

É pra você...

Não tenho tempo para gracinhas nesse feriado. Na verdade não sei o que estou a fazer aqui, quando deveria estar imersa nos livros.
Mas simplesmente não posso deixar o dia 11 de outubro passar em branco.
Vamos metaforizar.
Acreditas em anjos? Pois eu sim.
Anjos, no meu entendimento, são um pouco diferentes daqueles personagens mistificados que nos foram impostos. Não penso em seres assexuados, com aureolas e asas, dispostos a nos resgatar de um eventual precipício. Anjos são pessoas que estão na terra, ao nosso lado. Agora mesmo posso visualizar mentalmente um monte deles.
Eles te protegem, te seguram, aconselham. Sabem dizer aquelas palavras doces que ninguém mais sabe. No plano físico também erram, mas no espiritual, aquele em que se constitui a alma, são absolutamente perfeitos.
Podem ceder às tentações terrestres para estar ao seu lado pois geralmente levam uma vida rotineiramente normal.
Breve ou não, em sua passagem terrestre costuma deixar marcas. Profundas e eternas.
Anjos geralmente são queridos por todos, a sua força interior irradia, e todos percebem.
Sou privilegiada pela presença de vários deles em minha vida, mas guardo no coração um em especial.
Pela data alguns já devem saber do que estou falando.
Pateticamente redundante, sigo com as minhas homenagens. E seguirei eternamente.
Você foi um anjo em minha vida, primo querido. E continua sendo.
Uma grande força, inspiração, saudade. Vontade de viver por nós dois.
Ontem fizeram 4 anos. Sem você.
Dedico-lhe todas as minhas orações, e tenho esperança que um dia a gente ainda vá se reencontrar.
Fique ao lado de Deus meu lindo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Recordar é viver.

Os anos passam, a gente vai ficando mais velha, mas as datas comemorativas perpetuam. Engraçado a noção de tempo, né? Quem foi o cara que institucionalizou a noção de dias, meses, anos? E como conseguiu que toda uma sociedade vivesse a mercê dele?
Ja passei 22 dias das crianças, se for pensar. E nesses 22 anos, já tem pelo menos uns 6 que não posso comemora-lo mais. Mas quem disse?
Esse ano resolvi fazer diferente e presentear todas as crianças que conheço. Sim, comprei presentes para todos os meus "sobrinhos" pequenos em um extraordinário (ou nem tanto assim) ato de consumo compulsivo.
Quanto tempo não adentrava uma loja de brinquedos! Tinha até me esquecido de como era divertido. De repente reconheci tantos joguinhos "da minha época"... coisas que passaram ilesas a gerações e gerações.
Cara a cara! Barbies e seu mundo cor de rosa! Massinhas! Quebra Cabeças!
Fiquei fascinada e não resisti ao impulso de adquirir um desses para que a minha priminha pudesse conhecer algo assim em sua infância.
E a carinha de felicidade deles quando abrem um embrulho? Definitivamente paga qualquer sacrifício.
Crianças são anjos. São presentes que Deus coloca em nossas mãos para que façamos deles pessoas de bem; ou não.
São puros, virgens, inocentes.
Eu amo as crianças. Seria bom mesmo se pudéssemos viver para sempre na terra do nunca, brincando em casinhas de árvore e correndo pelos campos até que estivéssemos bastante esgotados para só cairmos na cama e dormirmos. Sinto uma grande nostalgia ao lembrar da minha, tão feliz e tão ativa entremeio uma família que naquela época ainda era perfeita.
O dia das crianças não passará em branco para mim! Sabem aonde vou hoje? No zoológico! Não com crianças em seu sentido literal, mas com crianças de coração: minhas amigas! Juntas iremos fazer um lindo piquinique no meio do bosque, como nos velhos tempos!
Que delícia! Depois conto pra vocês.
Estamos mesmo precisando resgatar a inocência... fica aí a dica ;)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Diário de Karen Jones

13:00 - Acordei? (que cara de pau!)
13:05 - um pouco de água
13:30 - almoço (sem fome nenhuma)
Cardápio do almoço: verduras (sabiam que as verduras, por constituirem fibras, são calorias negativas? viva!!), 1/2 ovo, um bife (frito!!), uma colher de escondidinho de camarão de domingo (???? pq comi isso, meu deus?!) e 1/5 de copo de suco de maracujá.
0 práticas aeróbicas por enquanto. (descer e subir a escada conta?)
0 cigarros (pois não fumo)


Bom, contando que agora são 13:53hs, isso foi o que ingeri no dia de hoje até o momento.
Louca com pseudo-distúrbios anoréxicos recentemente adquiridos? Não, calma. Estou seguindo orientações médicas. Segundo o louco do meu nutricionista, devo manter, a partir de agora uma espécie de diário gastronômico. Afim de me vigiar e constatar se afinal eu aprendi ou não a comer.
Porque emagrecer envolve tantas e tantas artimanhas hein? Tanto sacrifício eterno?
Vocês já pararam pra pensar quanto tempo e quanta força de vontade arrancada lá do seu âmago, leva para finalmente passar a gostar de malhar? Quanto trabalho pscicológico envolve uma hora de corrida na esteira? Pois todos sabem, os segundos encima daquele cruel aparelho aeróbico são simplesmente martirizantes. E da-lhe MP3 e viagens e viagens mentais afim de despistar a dor latente das minhas pernas!
Eu mereço um prêmio.
Risos.
Outra: segundo o mesmo querido nutricionista louco, devo religiosamente comer de 3 em três horas. De acordo com seus estudos medicinais, pular uma refeição é tão ruim (ou pior) do que ter comido e exagerado em uma mesma. Sabem porque? Saibam queridos leitores, que o inútil do nosso organismo produz hormônios para repor a abstinência alimentar. E esses infelizes hormônios são responsáveis pelo aumento de algumas taxas adiposas em nosso organismo. A natureza é tão complexa! Será que você, querido corpinho, não entendeu que estamos em uma fase de RECESSÃO? Perder, e não ganhar! Abstinência, e não exageros.
O que é a comida frente à uma calça 38?
Assim seremos todos felizes, prometo te amar.
Ahaha. Desculpem, foi um breve delírio de minha imaginação fértil. Estava a conversar comigo mesma e esqueci que estavam aí.
Sim, não regulo bem, é melhor não contrariar.
Ah outra dica importante: se beneficiem do mais precioso segredo humano: a ÁGUA!
Sim, ela mesma. Bebam sem moderação, pois os benefícios são imensuráveis.
Aiai, fala que não me tornei praticamente uma Lucília Diniz em matéria de emagrecimento?
haha.
Estou obcessivamente feliz, é como se uma força me empurrasse para o objetivo e cada quilo perdido se tranformasse em uma vitória pessoal.
Isso me desvia de pensamentos mais fúteis e infundados, viva! Antes obcessiva comigo mesma do que com outras coisas sem importância.
Então é isso. Vou parando por aqui, pois devo me dedicar a ofícios reais, como a minha prova de hoje. E daqui a pouco já passaram-se as tais três horas: devo comer outra vez. Oh, Deus!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Inventando moda...

Dias quentes, cores e texturas, moda fashion. Oh Deus, sera que sou eu, ou todas as mulheres estao simplesmente a passar mal com essa moda de verao? Vim caminhando hoje para a academia e quase nao pude me conter ao conferir as vitrines no trajeto.

Esta tudo maravilhosamente belo, fascinante. Eu amo verao e todos os seus vestidinhos, cores espalhafatosas, cintos, shorts e tudo mais a que tivermos direito!


viva o amarelo, o laranja, o vermelho sangue, o rosa, o lilas!


Estou amando simplesmente tudo!


Controle-se Karen, controle-se!






sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Pro dia nascer feliz!

"Às vezes, fico triste, mas não consigo me sentir infeliz. Acho que o tédio é o sentimento mais moderno que existe, que define o nosso tempo. Tento fugir disso, pois tenho uma certa tendência ao tédio. Mas, felizmente, eu sou animadérrimo! Sou muito animado pra sentir tédio. Sou animado à beça, qualquer coisa me anima. Se você me convida pra ir à Barra da Tijuca, eu já digo logo: Vaaaamos!!! Qualquer besteira me anima. Tudo que já passei na minha vida não conseguiu tirar essa animação. "

Vida louca, vida... vida imensa. Não é que do nada eu descubro uma figura extraordinária, que sempre esteve exposto e no entanto nunca me dei conta?
Estou a falar de Cazuza, menino carioca que se tornou um dos maiores ídolos musicais do nosso país. E que já nos deixou.
Engraçado que nunca tinha parado para refletir sobre suas canções. Agora, sabendo um pouco de sua vida e sua história, finalmente pude atentar ao grande exemplo, ser humano, poeta.
Cazuza era um enviado especial e subversivo a meu ver. Mesmo nascendo inserido nos moldes de nossa sociedade cruel e ditadorial, ele sempre demonstrou um sentimento raro de coragem e autenticidade. Ele vivia fora de seu tempo e talvez de todos os tempos. Escolheu uma vida marginalizada pautada em suas próprias ideologias. E isso implica coragem.
Era um poeta nato, amante da vida, das artes e do amor ao próximo. Tinha a alegria como premissa. Um espelho para várias e várias gerações.
Praticante confesso da máxima sexo, drogas e rock n' roll, pagou um preço caro pela liberdade sem escrúpulos. Mas a loucura fora perdoada, pois ele acreditava no que vivia. Cazuza não era um vagabundo irresponsável; sabia da importância da leitura, da educação, da subversão do pensamento. Quando trabalhava, se dedicava com seriedade e afinco. Sabia interpretar as dores e poemas do mundo. Tinha um ideal e acreditava nele acima de tudo, até mesmo em frente à tentações fortes para o caráter humano, como a fama e o dinheiro. Era um idealista. Ele tinha uma qualidade escassa nos dias atuais: era portador do sonho. Lembro de uma passagem muito válida no filme, quando ele questionava com a mãe sobre o sucesso e a fama alcançada. "Mãe, o que vem depois disso? O que vou querer agora? Querer alguma coisa é o que nos mantém vivos." Bonito isso. É isso que a nossa geração deveria seguir: se querem ser loucos, que sejam. Cada um é portador e responsável pelo próprio corpo e mente, entretanto, sustente a sua loucura ao menos em uma ideologia. Isso é muito maior do que acontece hoje, quando enchemos a cara por nada. "Ficar louco" virou um fator de inclusão social o qual nos fora imposto e que no entanto ninguém verdadeiramente sabe aonde devemos chegar. Entendem? A marginalidade de Cazuza gerou produtos positivos; e a nossa?!

Como venho passando por um processo gradual de amadurecimento, inclusive de minha moralidade, algumas coisas que tomo conhecimento mexem muito comigo. E foi o que aconteceu ontem assistindo à vida desse cantor. Não pelo ídolo em si, mas pelo seu legado.
Perdi o sono logo após, desenrolando uma série de pensamentos loucos, que vão além da minha capacidade de compreensão. Aqueles desvaneios sobre os mistérios da vida, que se levarmos muito a sério, acabamos paranóicos.
Somos obrigados a escolher entre uma vida curta, porém intensa; ou uma vida longa e medíocre.
Tenho medo disso.

Uma coisa que me chamou muito a atenção foi a questão das drogas. Foi como uma súbita inversão de valores. Não sei explicar.
Digo isso não por ser adepta, mas por sempre manter uma visão um pouco preconceituosa da questão.
Cazuza desde sempre fora um ser diferente, marginalizado pela sociedade. Fato não ocasionado por uma exclusão social, mas por sua própria convicção de que seus valores se divergiam da maioria. E ao mesmo tempo era tão apaixonado pelas pessoas. Gostava da vida, da natureza, do encontro. Sustentava comportamentos que desafiavam o seu tempo e sociedade, e tinha peito para assumir as consequências. Acreditava que a viagem provocada pelas drogas e pelas bebidas era nada mais do que libertação. "O pão é realidade; o alcool é a imaginação." Foi um dos grandes amantes desse sentimento chamado amor. É isso; talvez toda a loucura possa ser explicada pelo amor.
Mas como tudo tem um preço, Cazuza ironicamente pagou com a moeda mais cara: sua própria vida. A vida que tanto amava. Paradoxal isso, não?
É esse o ponto. Para ser louco, ao contrário do que se pensa, deves ser mais corajoso e responsável do que um simples ser social. Pois é preciso sustentar a loucura e suportar o peso das duras consequências de fazer parte da excessão. Sustentar o seu mundo, os seus modos e a repressão inevitável da sociedade.
O nosso cantor certamente não percebeu que os seus objetivos andavam em direções opostas. O que mais apreciava era viver. Mas como sustentar uma vida longa, se ao tempo inteiro estás ligado na intensidade máxima a depredar o seu próprio corpo?
Em suma, é quase uma questão administrativa mesmo. O primordial, e mais difícil inclusive, é sabermos a que estamos aqui. Ser um bom gestor da própria existência, fazer escolhas.
Não acho que todas as pessoas desempenham missões especiais nesta Terra, apesar de todas representarem um papel. Há aquelas iluminadas. Penso eu que o mais fácil está em ser comodamente levado por essa força chamada sociedade. Sem perceber desde os nossos primeiros anos de vida fomos engessados em um sistema, e me incomoda pensar que talvez possamos ser reféns de um modelo imposto não sei por quem. E outra, mesmo que nos indignemos, a hipocrisia nos permitirá viver fora desse círculo? Somos "Cazuzas" na coragem?
Descobrir o meu eu talvez seja a coisa mais difícil a que estou me propondo. Mas preciso disso. Não nos cabe julgar propósitos menores ou maiores, me admiram aqueles que simplesmente os tem. Essa é a verdadeira revolução.
Nossa, só pelo tamanho do texto já deu pra ver como o assunto mexeu comigo, né.
Mas taí: Cazuza tem a minha eterna admiração. Foi um ser iluminado, um grande cara.
"Ideologia, eu quero uma pra viver!"

Cazuza - O Tempo Não Pára

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O que que há meu país?

"Eu sou a única alternância de poder em 500 anos de história do país. Se eu errar vão dizer que trabalhador não sabe governar.”

(Quem? Quem poderia ser?)

Ai Deus. Essa frase do Lula me arrepia.
Estava vendo um documentário sobre JK ontem, que faz um paralelo com a época de Getúlio. Aprender história nunca é demais, serve para analisarmos o presente. Isso sem contar que nossos governantes certamente se espelham em algum líder político no passado. Lula se assemelha a Vargas no quesito populismo. Estarei sendo ignorante nesta opinião? Bom, não sei, mas só essa frase acima já justifica.
O populismo é uma praga que voltou a se alastrar no mundo. E isso é preocupante.
Que dirá nossos vizinhos latino americanos. Chávez! Ivo Morales! Agora o casal argentino, que apesar de não se declararem abertamente socialistas, não sabemos ao certo suas intenções para perpetuarem no poder. Não sei, mas parece que o Equador também se muniu da praga socialista com o seu novo presidente. Assim como a Rússia.
É um perigo se a moda pega, ainda mais tendo um presidente com tendências populistas.
E as ações vão acontecendo clamufadas: reestatizar a vale, investir na política assistencialista, crescer na economia e depredar o serviço público, criar cargos e mais cargos de servidores do estado.
Que Deus proteja a nossa democracia, tão arduamente conquistada. Não há valor maior em uma sociedade do que a liberdade de expressão. Nem imagino viver os horrores da ditadura de novo e suportar um mandato vitalício de qualquer presidente.
A Lilian Whittfibe expôs um ponto interessante ontem no programa do Jô. Por mais que esteja caótica a nossa máquina pública, devemos preservar as nossas instituições. Pois sem elas não há democracia, e sem democracia não há direito de voto.
Se for preciso devemos ir às ruas sim, reinvidicar antes que seja tarde.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Fundação do Conhecimento...

O ímpeto pela crítica é parte de nossa essência. Estranhamente a índole humana é tendenciosa à depreciação. Triste isso, não? Posso provar. Pare e começe a observar: criticamos muito mais do que reverenciamos. Como os elogios estão escassos em nossa rotina!
Por isso peço permissão para fazer diferente.
Se pudesse dar uma dica valiosa de crescimento profissional e pessoal para quem lê esse humilde blog, indicaria uma instituição: FDC.

"Criada em 1976, como desdobramento do Centro de Extensão da Universidade Católica de Minas Gerais, instituição autônoma, sem fins lucrativos, considerada de utilidade pública, em 30 anos de atuação, a Fundação Dom Cabral manteve sólida articulação internacional, que garante seu acesso a grandes centros produtores de tecnologia de gestão e a modernas correntes do pensamento empresarial. Depois de formar milhares de executivos, em constante integração com as empresas, a FDC tornou-se referência nacional em seu setor, participando da melhoria do nível gerencial e do desenvolvimento empresarial brasileiro. Circulam, anualmente, pelos seus programas abertos e fechados cerca de 20.000 executivos, de empresas de médio e grande porte. "


Uma feliz aspiração do destino me fez escolher a Fundação. Entrei sem muitos precedentes, já que adentrava uma área completamente nova à minha formação.
Defendo a instituição sem fins comerciais, sou apenas uma aluna agradecida e encantada pelos conhecimentos gerados em meu ser através dela. A FDC se revelou a mim uma escola totalmente ética, conceito tão raro nos dias atuais. Me ensina gradativamente a pensar diferente. Se considerarmos apenas o seu negócio, poderíamos dizer que ela nada mais faz do que cumpre o seu papel como instituição de ensino. Mas, inseridos em um sistema capitalista corrupto, a vejo como excessão e espelho. Excessão; porque como já fora dito anteriormente, ela desempenha o seu papel ético. E espelho; porque é o modelo a qual pretendo seguir.
Uma ressalva para dizer que não acredito em empresas filantrópicas e caridosas, e esse inclusive é um assunto abordado em todas as aulas. Empresas são criadas para o lucro e não para gerar a felicidade alheia. Mas é possível sim aliar lucro ao compromisso de formar pessoas íntegras. E isso, ela me mostra, é possível em qualquer negócio à que seu gestor se comprometa a pensar em algo mais do que no simples produto.
É a primeira vez que frequento uma universidade com vontade e interesse. Me comprometi com um propósito de vida, e agradeço os envolvidos diretos e indiretos para o desenvolvimento desse novo olhar. E digo mais: se pudesse de alguma forma contribuir profissionalmente com a Fundação, o faria. Pois acredito nela.
Até o momento me surpreendi com todas as aulas, e pretendo seguir meu futuro acadêmico ali. Estou a desenvolver potencialidades que até então não conhecia em mim, e assim me sinto cada vez mais encorajada a trilhar a minha carreira profissional e fazer algo de valor nesta vida terreste.
Sem querer parecer intelectual demais, digo com toda a alegria que finalmente descobri o prazer de estudar. E me sinto tão realizada! Outro conselho que sempre digo aos meus familiares (que andam um pouco fora da linha) e amigos: estudem! Estudem sempre. O conhecimento é sempre valioso a curto e a longo prazo. A formação moral é o que constrói a humanidade.
Não pensem que podemos nos desenvolver apenas com as nossas aspirações conscientes, pois aliado ao conhecimento, o ser humano pode muito mais.
Os prazeres e lazeres são supérfulos e peculiares, daí o conceito de prazer. Se não fossem para ser esporádicos, seriam deveres. Por isso, não paute a sua existência somente nos prazeres!
O que faz realmente essa vida valer a pena é aquilo que construimos. Ao que nos dedicamos. Ao que cada um acredita.
Sempre me espelho nos grandes mestres do mundo. Eles conheciam muito mais do que qualquer segredo ou dom divino; eles sabiam a importância do conhecimento. Não é atoa que Leonardo da Vinci era Médico legista, filósofo, artista, professor e tantas outras coisas mais.
É isso. Acreditem no poder tranformador do estudo! O conhecimento é uma dádiva concedida à você, ninguém te tira isso.
Acredite na revolução do mundo, no crescimento. Vejo a minha geração bastante perdida nos lazeres, e sem muitos sonhos. É disso que estamos precisando! Pensadores, revolucionários, trabalhadores! A felicidade advém em grande parte dessa premissa.
Eu acredito em um mundo melhor e quero ser parte disso. Meus sinceros agradecimentos à FDC que me abriu os olhos. Eu visto mesmo a sua camisa!

Papo de mulher

Dilemas fazem parte do dia-a-dia feminino. Isso é um fato.
Na época da famosa TPM (tensão pré menstrual, ou se preferirem; tempo para matar, hehe.) então, é um prato cheio.
Especialmente para aquelas mulheres que já tem um pezinho no mundo fantástico de Bob, ou de Karen. Sim, estou falando de mim.
Eis que a síndrome Bridget Jones instala-se em minha pessoa e assim o passado vem a tona, o futuro se alarma e o presente se confunde. E da-lhe Divã das amigas!
Sigo a anotar freneticamente algumas teias complicadas de raciocínio, que na verdade nunca levam a nada. Trabalhar com suposições e desejos é uma coisa complicada.

"Bridget Jones é uma trintona que decide, entre as resoluções de Ano Novo escrever um diário. Bridget Jones revela, a cada capítulo, as suas qualidades e os seus defeitos, além de expor com muito humor situações que fazem parte do dia-a-dia de várias mulheres na faixa dos trinta anos: problemas com o trabalho, a busca do homem ideal etc. Cada capítulo do livro trata de um determinado dia na vida desta anti-heroína, que sempre inicia o seu relato contabilizando o peso e as calorias, cigarros e unidades alcoólicas que consumiu no dia anterior."

Qualquer semelhança é mera coincidência. Na verdade penso que todas nós mulheres temos um pouquinho de Bridget. A amo, como se realmente existisse! Sei que é um pouco perigoso me inclinar para esse lado fantasioso da vida, e sim, já senti as desastrosas consequências. Mas o que fazer ? É quase incontrolável.
Acho que a saída é escrever um livro e ajudar outras pobres mulheres que passam pelos mesmos dilemas. Ou então enlouquecê-las de vez, né!
Sempre pensei em algo mirabolante como criar um clube de discussões, tipo aqueles centros de recuperação, sabem? haha! E não me achem uma louca, já tenho várias associadas!
O encontro se daria em um bar, onde encheríamos a cara e nos tranformaríamos em uma irmandade solidária, aptas a falar mal dessa raça maldita chamada homens. Tem coisa melhor?
Não, é melhor não. Certamente com o passar do tempo a diversão passaria a ser um clube de mal amadas alcoolatras que só sabem reclamar da vida.
Definitivamente, não!
É melhor criarmos um clube de investimentos e ficarmos ricas e felizes com as nossas bolsas Prada.
Ai Karen, aterrizando. hehe

Tudo isso é muito divertido, e se querem saber, os dilemas fazem parte de nossa vida. Na verdade os amamos! Sentimentalismo discursivo foi realmente criado para o universo feminino, dessa forma devemos fazer uso, não?
Anotar mesmo freneticamente as calorias consumidas e as promessas de ginástica diária e dieta nunca cumpridas!

Além do mais, isso tudo é apenas uma desculpa, pois quando queremos mesmo paramos de dilemar e resolvemos a nossa vida em um só passo.
Não queridos, não somos nós o sexo frágil!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Porque metade de mim...

O silêncio vale mais do que mil palavras.

"Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância. Porque metade de mim é a lembrança do que já fui, a outra metade eu não sei... Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito. E que o teu silêncio me fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço."

Oswaldo Montenegro.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Blog de cara nova!

Finalmente passei a entender ao menos as bases do mercado de capitais. Ja era hora!!! Não que eu pretenda investir ainda nesse semestre, ainda me faltam os meios (rsrs), mas quem sabe não é uma boa opção futura?
Pelo que entendi a bolsa funciona e se populariza em economias ditas estáveis, e o nosso país, apesar de pecar no social, vem agregando bons fluídos à economia macro. Passei até a entender as causas da crise imobiliária americana, não é fantástico? hehe.
Na era da geração Y venho cumprindo o meu papel de multilateralidade da informação. Mas sei que o caminho não é esse, é preciso foco. Prevejo um grande desafio profissional em minha frente nos próximos meses, e dessa forma prometo utilizar de minha teimosia taurina para o cumprimento de objetivos. Adeus baladas!

Aliás, vou aproveitar o gancho otimista para dizer que estou fascinada com o meu poder de concretização recentemente arrancado do armário. Não sei que forças ocultas regem este universo, mas uma coisa eu aprendi: quando você quer de coração, você consegue.
Um brinde! à tal força da atração, teoria do caos, Deus, divino, natureza, ou como queiram chamar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Assim estão os pilares da democracia...

Estava eu a assistir o telejornal diário quando me deparei com uma notícia um tanto revoltante: "a nova moda entre os comerciantes cariocas é alugar um kit de equipamentos para burlar a fiscalização do DETRAN." O que implica, penso eu, em meu humilde conhecimento em veículos automotivos, que isso seriam apenas uns acessórios desmontáveis para enganar a fiscalização. Que absurdo!!! Chegamos ao ápice da falta de caráter! Concordo plenamente com a crônica dura de Arnaldo Jabor: "Brasileiro é burro."
O que estamos a fazer com o nosso país, meu Deus? Chegaremos seguramente ao topo da desmoralização. Não estamos apenas perdendo a civilidade, mas os valores básicos da sociedade humana. Ser onerado sem reivindicar não é legal; aceitar passivamente os erros da história não é certo; depredar o próprio bem público não é vantagem; se dar bem às custas do governo que nós mesmos elegemos e sustentamos não é esperteza, é burrice.

"Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !"

"Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : ' Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !' Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas ? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ? Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele !"

Vinícius de Morais

A saudade é de tamanha crueldade que me vejo na deliciosa tarefa de estar com Deus a todo instante. Sinto falta de você. E a ausência insiste em cultivar a parte mais nobre do meu coração. Não pretendo alarmar e tampouco espalhar a minha dor, eu sou sua dona. Mas me dou o direito de senti-la pois assim te mantenho vivo. Gostaria de te-lo ao meu lado. Sinto falta de dividir, construir, confiar. Vibrar com as suas vitórias e chorar com as suas perdas.
Te suplico o teu companheirismo divino, e, em troca, lhe ofereço a minha vida terrestre.
Se a memória me permitir, seguiremos juntos até o fim.

Posso falar de amor?

Memória
"Amar o perdido
deixa confundido
este
coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as
coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão."


Carlos Drummond de Andrade

"Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da
verdade,
Mas confia em meu amor."


William Shakespeare

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Nas últimas 48 horas...

Se tem uma lei da física que rege a minha vida, essa lei é a de Murphy. Conhecem? Na verdade nem sei se a danada vem mesmo dos campos da física, mas enfim, o que sei é que ela funciona e tanto!
1- Quero dizer, quando você sai de casa muito mal arrumada, naqueles dias que você lutou com todas as forças para sair da cama e seu cabelo está espelhado de tão sujo, ah meu amigo, eu digo que o tamanho do seu desleixo é inversamente proporcional às chances de você encontrar alguém muuuuito, muito gato! Ou melhor: dois alguéns! E aí você deseja morrer ali mesmo e no dia seguinte doa todas as suas roupas barangas para a caridade para nunca mais ter a possibilidade de usa-las.
2- Nunca, nunca mude de fila no engarrafamento! Você vai parar a poucos metros, eu garanto! E outra: se você está atrasado, desejando voar no trânsito, conforme-se: vai ter sempre um lerdo filho da puta na sua frente que fará todos os sinais vermelhos aparecerem diante de você.
3- Não importa quão pequena é a abertura da sua janela, se tem um passarinho voando perto do seu carro enquanto espera o portão abrir, ele vai entrar focado diretamente em sua direção, e assim você vai obviamente sair do carro aos berros e ser assunto dos próximos dois meses entre os porteiros tarados.
Ah, mas se eu ver esse tal de Murphy, eu mato!

*

Yupiiiiiiii! Como todo bom brasileiro, adoro me dar bem! Dica do dia: pra quem não sabe existem milhares de bons títulos da música brasileira e internacional disponíveis à preço de banana nas Lojas Americanas. Mesmo não podendo gastar, não resisti ao meu ímpeto consumista e adquiri ontem o melhor disco de todos os tempos da última semana! Marisa Monte, Barulhinho bom. Barulhinho excelente para ser piegas! E quando coloco no som ainda tenho uma supresa: o cd é duplo e de um show ao vivo. Por 14,90!!! O meu bolso e meus ouvidos agradecem.

*

Abram alas para a mais nova consultora de aspectos tributários do país! hehe. Explico.
Não é que ontem passei o dia inteiro a estudar a matéria de Direito Tributário? Com todas as CPMFs de 11 anos (que vai ser prorrogada, huh, porque segundo Lula nenhuma economia sã pode viver sem CPMF. Não era esse o seu discurso eleitoral 6 anos atrás...), FGTS, ICMS, PIS, CONFINS e afins... enfim, realmente pude constatar como o brasileiro é explorado. Isso não é uma democracia, mas um sistema feudal maquiado! A prova me deu uma dor de cabeça dos infernos pois não dá certo mesmo uma área de humanas querer fazer contas e deduções, mas como conhecimento nunca é demais, valeu para me deixar menos otária e ficar esperta na hora de abrir o meu próprio negócio!

*

Gostaria de saber por que, ora Deus, que a gramática Portuguesa e a Espanhola são tão divergentes! Por acaso fora uma briga épica? Por que a forma "tu" é informal, e o "usted", formal? Pra que trocar os significados de sobrenome e apelido? Pra que tantos pretéritos perfeitos, imperfeitos e tantos artigos indefinidos?
Ok. No pasa nada, o que eu quero eu consigo.

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Poucas coisas são tão excitantes para uma mulher quanto abaixar dois números de manequim. É melhor que um orgasmo. É melhor que uma promoção. Sua auto estima e auto confiança dão um salto e você verdadeiramente começa a ver monstrinhos na comida. Quem precisa dela afinal? E quem liga para a dor na perna durante uma corrida, ou para aquele contador infeliz da esteira que passa três vezes mais devagar, enquanto você está simplesmente muito mais magra? Nada é mais feliz. Nessas horas só penso em ir às compras e ficar divina. Para mim! Eu, 360°.
Pela primeira vez estou a cumprir metas. O que a teimosia não faz...

Por hoje é só. Um bom fim de semana, curtam com moderação.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Esclarecimentos

Não estou aqui tentando fingir uma postura intelectual ou pragmática demais postando assuntos, sei lá, considerados digamos, sérios demais para a população em geral. Arriscaria dizer até que quem conhece a velha Karen deve estar estranhando e tanto essa minha súbita corrida à informação e a recente postura crítica adotada. Mas com toda a minha sinceridade: toda essa discussão política reflete-se como uma metáfora de uma nova Karen que esta a nascer. Sim!, não é demagogia, mas a fase de transição para a fase adulta que venho passando. E se política, economia, atualidades e afins lhes parecem um pouco chatos, me perdoem. Eu gosto, e como toda jornalista me vejo deliciosamente obrigada a cobrir todos esses campos.
Eu gosto de ler, gosto de notícias, gosto das filosofias, do conhecimento! Sou mesmo amante das artes, da história. Por isso é quase impossível não parecer um tanto chata demais. Decidi ser uma boa profissional, quero fazer a diferença. Descobri a importância primordial que tem as realizações sociais em minha alma, por isso devo me dedicar.
Dessa forma postei e deixarei aí os 40 nomes desses políticos e ditos empresários de baixo escalão envolvidos com o escândalo do mensalão publicados aí até que venham as próximas eleições. Para nos lembrar!
É o que posso fazer como contribuição de um Brasil futuro melhor.
Ah, mas não se preocupem: a velha Karen que também se preocupa (e adora!) com assuntos dúbios (dependendo do ponto de vista) ainda vive. Há espaço para tudo!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

. . .

É um pouco complicado propor aqui uma discussão sobre ética e responsabilidade social, considerando o momento político lamentável o qual se julga o nosso país. Entretanto peço licença, pois só recentemente atentei para um certo tipo de reflexão acerca da minha profissão, e gostaria de expor aqui. Depois de assistir a uma aula sobre esse tema na quarta feira passada, comecei a me perguntar sobre a responsabilidade de cada ofício neste mundo. Afinal, a que viemos? Aonde chegar? Parei para refletir e me dei conta da importância intrínseca de todos os trabalhos do mundo. Eu digo a importância social. Atual estudante de jornalismo, fico feliz de participar da disseminação de notícias pelo planeta. O que a mídia divulga tem um poder influenciador inimaginável. Arricando um pouco, atrevo-me a dizer que a reprodução midiática desenrola a teoria do caos no mundo. Forte para mim? Logo eu que sou uma apaixonada confessa de toda a teoria social, isso talvez soe como uma tarefa excitante. Quando o destino resolve dar as suas cartinhas não tem jeito, não é que vamos mesmo para o caminho previsível?
Não estou falando só do jornalista, mas de médicos, arquitetos, músicos, nutricionistas, copeiros, manicures, etc. Afinal, todo e qualquer cidadão que se proponha a desenrolar um trabalho digno e contribuir para o crescimento mundial da população enquanto seres humanos. Privilegiada nas últimas semanas, pude me deparar com dois exemplos públicos de figuras que desenvolveram e continuam a desenvolver (e muito bem) o seu papel social no globo. Duas figuras ditas excepcionais no cenário atual.
O primeiro é o arquiteto Orcar Niemeyer, gênio criador de construções concretas e também abstratas. Abstratas porque, Niemeyer, além de nos presentear com impressionantes espaços dionisíacos, também atenta para a responsabilidade social de um profissional que é responsável por construções. E não só de concreto; mas de conceitos, tendências, transformações. Dessa forma é imprecindível o seu absoluto teor ÉTICO em todos os passos de sua vida.
O segundo e maravilhoso exemplo que tenho o prazer de citar aqui é a cantora Marisa Monte. Falo dela pois esta semana tive o privilégio de assistir ao seu show ao vivo. Simples, recatada, humilde. E ao mesmo tempo dona de uma energia irradiante. Marisa, para mim, é a artista que mais me impressiona no palco. A sua voz soa verdade, a sua música é verdade. A paixão, a vontade, e a correta abstinência de exagerados recursos tecnológicos, nos presenteam finalmente com um maravilhoso espetáculo. Não um espetáculo de luzes, mas de alma. E ela ainda cumpre graciosa o seu papel como formadora de opinião, aproveitando, agora assim, as luzes do palco para instigar algumas questões sociais ao grande público. Marisa é fantástica, Marisa é ÉTICA.
Pois bem.
Aonde me vejo obrigada a chegar na verdade, é na pergunta simples: E a ÉTICA do governo brasileiro? Dos nossos excelentíssimos senadores da República?
Não seria a profissão primordial para se inaugurar essa tal de ÉTICA, já que se trabalha nada menos do que o interesse PÚBLICO?
Ponto.
Tudo bem. Não ia mesmo começar essa discussão tão repercutida ultimamente na mesma mídia citada no início deste texto. Tanto já se falou e recriminou, que me sinto um tanto redundante. Mas confesso que não consigo me calar e por isso me concedo o direito de expressão como uma cidadã indignada.
Ainda pouco sei sobre esse bicho de 7 cabeças chamado política, mas o pouco já é suficiente para produzir um profundo sentimento de revolta em meu ser. Não sei de vocês, mas ao escutar pelo rádio a primeira notícia em que o presidente do senado Renan Calhorda, com o perdão do trocadilho, fora sumariamente absolvido pelos seus também "calhordas" colegas senhores senadores, subitamente me senti uma perfeita palhaça. Desde que me envolvo com a atualidade brasileira, permitindo-me construir posições críticas, e também em seu lado prático, exercendo meu direito de voto e o correto pagamento de impostos, considero tal decisão como uma ofensa pessoal. Peraí senhores senadores, a única coisa que fazem neste senado é nos representar! Suas decisões se tornam nossas decisões e eu seguramente não me apresentaria a favor.
Fora tudo uma baixa vergonha desde o começo da votação, quando fecharam-se as portas da então chamada casa do povo, e permitiram a realização de uma sessão secreta. O apresentador Luciano Huck se pronuncionou bem nesta edição semanal da revista Veja, quando disse que: "pobre aquele que não tem a hombridade de sustentar uma opinião em público". Aproveitando o gancho, também foi citado pela atriz Carolina Ferraz, uma opinião compartilhada à minha: "quisera eu saber os nomes daqueles que se favoreceram e sobretudo aqueles que se anularam, para nunca mais elege-los novamente."
A sessão foi fechada, as opiniões não sustentadas, e a certeza de uma infinidade de "rabos presos" em todo o senado inevitavelmente se confirmou. Para mim foi a pior e mais vergonhosa decisão já vista por ditos representantes do povo. O senado lavou as mãos, anulou-se, para não se comprometer. Mas numa chamada Democracia a gente não se anula. Não funciona esse tal de quase, de coisa pela metade!
Só sei que o que assisto com muito pesar e com uma imensa vergonha de ser brasileira neste momento, é a morte do respeito pela nação.
O Senado, como suposta última instituição séria do nosso país fez feio e consequentemente instalou uma crise de incredulidade sem precedentes na população brasileira. O Senado está a matar a Democracia, o nosso direito de cidadania, a nossa esperança.
Aliás, não só o Senado, mas toda essa reles cúpula política de baixo escalão que infelizmente governa o nosso Brasil.
É senhores senadores, vocês deviam tomar umas aulinhas com Oscar e Marisa...
Quanto a mim, vou assimilar o conceito de ÉTICA deixando a olhos vistos os nomes dos políticos corruptos neste blog, para que numa próxima eleição não cometemos o infame erro de nos representar tão porcamente mais uma vez no topo da pirâmide. Vocês sabem né, memória de brasileiro é fraca, fraca...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

É tudo questão de escolha.

Me esforço para freiar ao máximo esse lado romântico, senão flutuante, em seu sentido literal, de minha mente teimosa. Mas não tem jeito; quando é pra ser não tem escapatória, e como toda boa taurina, previsivelmente acabo retornando aos meus dúbios pensamentos.
Quando me encontro em pura ociosidade então, é um prato cheio! Sem perceber milhões de análises e questionamentos surgem nessa cabecinha ás vezes preocupada demais.
Estava a pensar sobre a vida e seus ciclos. Como gosto de filosofar sobre isso! Outro dia me vi quase a aceitar certa corrente de pensamento "Libonês" (quem nasce em Lisboa é... ah, deixa pra lá! rs) que Fernando arduamente expõe em seus livros melodramáticos. Mas não sirvo para esses desvaneios depressivos, já me inclino muito bem sozinha para recorrer à outrem. "Amar é sofrer". "A vida é uma eterna peleja!"
Se é verdade eu não sei, mas atualmente não tenho tido muita paciência para dramas pessoais: escolhi a alegria e o bem-estar!
Isso mesmo, é tudo uma questão de escolha!
E sigo vitoriosa praticando isso no dia-a-dia. Hoje mesmo aconteceu, não é fantástico?
Ao longo da minha experiência empírica tenho me premiado com algumas verdades contatadas, e uma delas é que nada é para sempre. Fascinante? Sem dúvida!, um escape ao sofrimento.
Tudo gira, tudo se move, as coisas naturalmente se renovam ao passo da vida. E só não muda quem não quer.
Surgem novos objetivos, novos prazeres, novas visões. Como gosto dessa palavra: NOVO! Ela me soa graciosamente estimulante.
De repente tudo aquilo que era importante, não é mais. E a gente levanta, conquista, constata. Gira, refaz, aprende; ou não. E seguimos acrescentando bons adjetivos à nossa caminhada.
Eu me perco em pensamentos assim. Se deixar sigo e sigo dilemando.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

O Brasil e suas "CPMFs" cancerígenas.

Leio e releio as matérias sobre o "maior julgamento da história" do STF, tentando em vão, memorizar os 40 nomes que fazem parte de toda essa vergonha política brasileira. Quarenta nomes é muita coisa, 40 rostos é muita fisionomia para fotografar mentalmente corruptos que provavelmente ficarão impunes mais uma vez. Como já confessara anteriomente, até pouco tempo era mais uma dos milhões de ignorantes políticos brasileiros, que inocentemente me encontrava aquém das informações. Não que me considere uma entendida no assunto, mas agora posso me gabar de algum pouco conhecimento. Li recentemente sobre a história do nosso excelentíssimo Supremo Tribunal Federal, a última esperança. Ou sendo bem sarcástica, aonde tudo termina em pizza. É inaceitável que durante toda a história de julgamentos em vossa chamada casa da democracia, o STF não tenha condenado UM político corrupto sequer! Como disse certo jornalista, nessa brincadeira quem se ferram são só os deputados de baixo escalão e secretarios...
Os peixes grandes continuam aí, mandando e apodrecendo a política brasileira diariamente, até que enfim sejam pegos por alguma doença terminal no fim da vida, como recentemente aconteceu com o senador ACM. Mas até que a vida resolva dar a sua volta, ficamos nós aqui, a sofrer como palhaços, anos a fio. A impunidade é sem dúvida nenhuma o câncer do Brasil.

Já ouvi comentários de alguns formadores de opinião mais otimistas que desta vez não vai dar em pizza, pois o que está em jogo é a credibilidade democrática da república.

Infelizmente, a minha recente incredulidade judiciária adquirida me impede de acreditar em tal visão otimista, a menos que em poucos meses veja os rostos de José Dirceu, Genoíno, Silvio Pereira e Marcos Valério atrás das grades. Ou sendo ainda mais sonhadora: pra mim quem deveria responder por toda essa vergonha, não seria nada menos que nosso excelentíssimo presidente da república. Quem sabe na cadeia ele não poderia refletir se sabia mesmo ou não, de alguma coisa. Mas acredito que isso ainda vá se estender até que nossas memórias cansadas de tanto lero lero resolvam se ocupar com algo mais "importante". Daqui a pouco inventam mais um Pan para nos tapear.

Para opiniões mais sólidas, recomendaria atrasar um pouco o sono na noite de amanhã, e assitir ao programa do Jô e suas meninas. (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4084759)
Imperdível e essencial.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Desvaneios sobre a solidão.

É sabido que a humanidade coexiste em sociedade. O homem precisa da presença multilateral de organismos vivos para que a evolução seja assegurada. Além do corpo físico, há também um plano abstrato, até hoje rodeado de mistérios e incertezas, o qual chamamos de alma. E é dentro deste plano sensorial que se originam os sentimentos, os sonhos, e tudo mais intangível que sustentam as nossas relações humanas.
Conviver, coexistir, relacionar, socializar. A princípio este é o propósito da espécie.
Mas ao mesmo tempo em que somos seres grupais, existe também uma grande parcela de individualidade presente em nossa essência.
O homem constitui-se em um ser essencialmente sozinho.
Baseando-me em minhas experiências, gostaria de defender o lado bom da solidão.
Não aquela solidão a dois, mas a solidão de um; do ser; da existência.
Talvez a tarefa diária mais penosa seja a convivência com nós mesmos. É uma obrigação que nos fora imposta em forma de carma. Não há como fugir do eu. E sendo bem filosófica, diria que a caminhada da vida percorre os trilhos do auto-conhecimento.
Tenho lido sobre o assunto e concordo com certo ponto de vista exposto por uma autora a qual não me recordo o nome, mas que acredita que conviver consigo próprio todos os dias e não enjoar ou depreciar-se com a sua própria figura interna e externa, é um desafio extenuante. E não é que concordo? Muito mais complicado do que toda essa história de relacionamento, é a verdade do eu.
Para o nosso bem é necessário separar momentos de reflexão individual em nosso dia-a-dia. Sempre faço isso, acredito que esta é a chave da maturidade.
Aprender a ficar bem sozinho é uma grande alegria, pois atesta a nossa capacidade de aceitação. E o sentimento logo após transcende, exponencia.
Pensando bem ser sozinho é ser humano, a moeda sempre tem dois lados.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A tarde de 29 de Marzo...

Era uma bonita tarde de inverno. Passei a mão no casaco e saí a esmo, decidida a viver um momento íntimo e peculiar. Entre eu e a cidade. Já permanecia há algum tempo naquele lugar, entretanto não visualizava sentimentos fraternos, o que me deixava incomodada. Sabia contudo, que imediatamente ao deixa-la, sentiria aquela dorzinha de nostalgia, tão comum em casos de perda. Assim então saí a procura de encantos.
O primeiro hábito adquirido naquela nova vida foi o de andar. Caminhar. Passear. Nada mais turístico do que usar do benefício do próprio corpo para apreciar as belezas do velho mundo. Tantos prédios, ruas estreitas, portas do século passado. Cães, quantos cães! Talvez sejam eles o estepe de sentimentalismo resgatado por um povo cheio de etiquetas.
Passo mais uma vez pelo metrô, pelos parques, pelo comércio. Por alguns minutos me dou o direito de desfrutar de um grande prazer feminino: as vitrines! Obviamente inundadas de peculiaridades culturais, não encontro a beleza. Mas isso não importa.
Continuo a andar, andar muito. Possuo um desejo latente de conhecer e olhar tudo o que ainda não habita o meu campo de visão. Acidentalmente percorro um bairro gay, o que logo acho fantástico pois sei que só o veria aqui, em um país menos conservador.
Sobe rua, desce rua, olho para os lados e visualizo estátuas históricas por todo o caminho, deixando evidente um tempo de lutas. Nem me atrevo começar a dilemar sobre o teor histórico desta cidade, e nem a pensar em tantas vidas passadas, tantos costumes extintos. Privilegiadamente escuto este idioma novo em cada esquina que me fascina o aprendizado.
Por todos os lados livrarias, monumentos, museus, cultura.
Povo apressado, frio talvez; mas de uma individualidade respeitosa.
Por um instante imagino como seria viver em um país com uma população proativa, que exige seus direitos aos governantes e é beneficiada pelos serviços que realmente funcionam.
Presuntos, tantos presuntos! Artistas de rua abusando da criatividade. E o melhor: aqui posso caminhar despreocupada. Este deveria ser um direito humano em todas as partes do mundo!
A cidade permanentemente inundada por turistas, transforma os habitantes locais em cidadãos do mundo. Sentimentos de profunda gratidão subitamente brotam do meu ser. Minha memória começa a registrar fatos inconscientes. Lembro-me sobretudo dos cheiros. Da luz daquela tarde. De pessoas anônimas. Lembro-me exatamente de como me sentia ao andar pelos becos estreitos em ritmo de despedida. Me pego tentando abraçar as paisagens com o olhar, como se fosse a última vez. De repente preciso de algo abstrato, porém verdadeiro, para relembrar todas as vezes que ousar pensar.
Não sei o que mudou, mas a partir daquela tarde ordinária, sinto puro sentimento de amor altruista por aquele que fora o meu lar por algum tempo. Sento-me em um charmoso café, promessa desde a minha chegada, para curtir aquele ar europeu. Frio, café, echarpes. Tudo tão diferente. Teorizo sobre as relações humanas fantásticas que pude viver aqui. E sobre a experiência pessoal única e engrandecedora.
Sentindo uma deliciosa presença divina, posso flagrar lágrimas de alegria descendo sobre a minha face. Sim, agora assim tenho a certeza de que voltarei sempre aqui... com esse mesmo sentimento de amor. Como costumo dizer: tempo bom... tempo feliz.
Te echo de menos, Madrid!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Felicidade é um caminho...

Queria escrever sobre a estabilidade, peça regente de minha vida neste momento. Quando penso no tempo presente só me ocorrem espasmos de tranquilidade, calmaria, paz.
Diria que entre os grandes acontecimentos e a inércia entediante, me encontraria no meio.
No quase.
Nem cheio, nem vazio.
E isso, ao contrário do tédio, me enche de paz.
Vivo um momento raro e inesperado em minha vida, onde de repente todas as minhas luzes se voltam para mim. Prioritariamente! Algo como um narcisismo egoísta, recheado de benefícios próprios.
Bem vinda à era do EU! Desprovida da vaidade gananciosa, mas cheia de auto conhecimento.
Na atual era das aparências, a beleza externa desempenha um papel maior do que o visual em si: ela abre portas!
Cruel, sim; porém a mais pura verdade.
E ao invés de nos martirizarmos com ressentimentos, devemos saber aproveita-la. Para assim mostrar o que realmente importa.
Corridas, academia, tratamentos estéticos e afins ficam em segundo plano, apesar de estarem me fazendo muito bem. Prefiro a intelectualidade, ela me levará às alturas.
A beleza vem de dentro, é isso que todas as pessoas do mundo deveriam saber.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Irradiante

Luz; 3ª pessoa do singular, presente indicativo de luzir.
Do Latim luce
Luz, segundo a física é a radiação electromagnética visível, com diferentes comprimentos de onda, que constitui o espectro da luz solar e cuja partícula fundamental é designada fotão;
claridade produzida por qualquer fonte luminosa, por qualquer substância em ignição;
fulgor;
brilho;
No figurativo;
evidência;
saber;
civilização;
(no pl. ) a ciência;
(no pl. ) o progresso;
(no pl. ) noções;
(no pl. ) conhecimentos.
dar à -: parir;
vir à -: surgir, aparecer.
Vida louca, louca vida.
Can you feel it?

domingo, 12 de agosto de 2007

uma LUZ no fim do túnel...

Lucidez. Essa é a bola da vez!
Me sinto aliviadamente consciente para grandes aspectos da minha existência. E agradeço a Deus. Acredito que esse seja o caminho mais curto para encontrar a paz interior.
Já era tempo mesmo de abandonar pouco do meu mundinho cor de rosa. Sonhar é bom, mas devemos ter cuidado. Sonhar com os pés no chão e ter força de vontade para realizar objetivos, essa é a verdade.
Planejar, medir, questionar e mais do que nunca arregaçar as mangas para adentrar esse mundo real. Cheio de cores pálidas, cheio de desafios; mas também de muitas recompensas.
O papo de maturidade começou a surgir em minha mente há algum tempo, mas só agora posso começar a senti-lo. Não me lembro tal sensação de estabilidade emocional há muito.
Questões que sempre me pertubaram muito, já não fazem tanto sentido. Assim como
algumas pessoas, que naturalmente estão perdendo força. E mesmo assim me sinto tão... calma. Tão feliz e leve.
O caminho do auto conhecimento realmente funcionou para mim, e tenho cada vez mais sede! A fase é de crescente satisfação com o meu eu, estamos em festa!
E viva a vida e toda a sua plenitude!
Ah, a propósito, feliz dia dos pais, hoje é um dia especial!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

"O verdadeiro revolucionario é movido por um grande sentimento de amor."

Acabo de ver um filme impressionante. Aliás, mais um deles desde que emergi no mundo dos filmes cult. "Diários de Motocicleta".
Fascinante.
Além de te fazer querer viajar por toda a América Latina.
Engraçado como o interesse pela cultura dos países desenvolvidos é prioridade em nossas mentes. Pura estupidez, quando temos um mundo de diversidade vizinho. Valorizar uma própria cultura é desejar primeiro conhecer esse imenso Brasil, seguido da América Latina, para depois então desbravar outros continentes. O povo, as línguas, a nossa história.
Ignorante confessa, ainda não conhecia a história de Che Guevara. Pra falar a verdade ainda não conheço, apenas li algumas páginas de internet. (Biografias, aí vou eu!)
Mas pelo pouco que li, já deu para admira-lo. Abstendo-me das visões socialistas ou capitalistas, o idealismo de Che me impressiona. Acho fantástico as pessoas que não passam essa vida em branco. Que lutam por um ideal, que tem a coragem de desbravar caminhos e que não se rendem à futilidade cotidiana. Tenho isso forte em mim e espero não passar a minha própria existência suficientemente conformada. Mas isso é assunto para uma outra hora.
A questão é, se Che fora um brutal assassino, ou um revolucionário estúpido, ainda irei descobrir nos livros de história (perdoem a falta de cultura), mas pelas passagens diárias relatadas no filme, proponho um brinde ao exemplo! À humanidade! À postura pro ativa! Ao médico corajoso. Ao defensor dos oprimidos. Emocionante a cena em que ele se atira no lago e atravessa-o para ir ao encontro dos leprosos. Penso eu que poucos humanos se sujeitariam a isso.
E incluo a minha pobre alma covarde nesse montante. O que mais queria em mim era mais postura pro ativa. Quero sair do idealismo e rumar à ação social. Gostaria de fazer algo para este mundo.
Encantadoras também são as cenas dos muitos povoados latinoamericanos. Se poderemos um dia ser uma américa unificada como propos Che, eu não sei. Só sei que este povo merece exaltação. Não sei bem o por que, mas ao contemplar rostos peruanos, colombianos, entre outros; sinto um profundo sentimento de irmandade. Incrível como seus rostos cansados e sofridos, que me parecem nascidos da própria terra, retratam a mais pura vida. Sim, vida. E não essa rotina privilegiada que nós capitalistas levamos. Ver aquelas pessoas morando em cabanas, vestindo farrapos de roupas, completamente aquém a este mundo moderno e competitivo o qual habitamos, me faz pensar. Pensar em como em pleno século XXI, aonde a realidade de uma carreira, empresas, cargos e acensão social me parecem indubitavelmente paupáveis, ainda exista tanta gente no círculo de exclusão.
Aí eu peço licença para viajar em minhas divagações sobre o sentido da vida. Já pararam para pensar qual é a missão desses povos no mundo? Para mim é intrigante.
Sempre me pergunto a razão de se nascerem tantos sofredores, condenados a uma vida de miséria e falta de perspectiva. Qual o sentido? E que papel desempenham na esfera mundial? Meras estatísticas? Ou peças chaves para a mobilização e humanização mundial?
Enquanto somos ofertados a mundo de possibilidades, uma carreira próspera, uma família a construir; esses coitados tem uma expectativa de vida trágica, são esfomeados e vivem a mercê da falta de conhecimento. De onde nasceu a injustiça social se Deus é o mesmo para todos? Qual o papel que desempenham?
Bom, nem vou me estender neste assunto tão polêmico. Como já disse, apesar de não parecer, tenho em mim uma grande veia social, o que as vezes me transforma nessa chata humanitária.
O que quero mesmo é recomendar "Diários de Motocicleta", esse filme belo e marcante. Diferente das produções bilionárias norte americanas, ele nos oferece belas paisagens do nosso continente, além de nos instigar a refletir sobre as verdadeiras questões humanas.
"...si usted es capaz de temblar de indignacion cada vez que se comete una injusticia en el mundo, somos compañeros.."
Che Guevara

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Mestre!!!

Brasileiro é um povo solidário. Mentira. - Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É Coisa de gente otária.-Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.-Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo. -Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.Brasileiro é vagabundo por excelência. - O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.Brasileiro é um povo honesto. Mentira. - Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. - Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça. 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. - Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como "aviãozinho" do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas. O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.Democracia isso? Pense !O famoso jeitinho brasileiro.Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um "gato" puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto...malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa... O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo. Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar...O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.Para finalizar tiro minha conclusão:O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta deapanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

(Arnaldo Jabor)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Carta às primas.

"Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a belezada juventude. Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado. Mas pode crer que daqui a vinte anos você vai evocar as suas fotos, E perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em dia, Quantas, tantas alternativas se escancaravam a sua frente. E como você realmente estava com tudo em cima, Você não está gordo ou gorda... Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, E te pegam no ponto fraco às 4 da tarde de uma terça-feira modorrenta."

Na dúvida, use Filtro Solar. Tenho tentado levar uma vida mais light. Light eu digo no sentido das "pré-ocupações". Não planejar ou esperar é o caminho. Afinal conflitos internos só nos servem para nos prender em um emaranhado de dúvidas inúteis e deixar que o tempo passe. Percebo que enquanto estou tentando perpetuar uma outra postura, ou me pré-ocupando com opiniões alheias, a minha juventude viril e bela está a passar sob meus olhos. É uma fase tão viva! Tão cheia de luzes, que realmente não deveria acabar. Ontem tirei a noite para viver um momento nostalgia de fotos antigas. Que diversão! Olhar para trás e perceber os tantos momentos felizes, as tantas pessoas que já passaram em minha vida, e os tantos sorrisos direcionados uma vez a mim. Então pra que tanta encanação tentando ser algo que você não é? O que realmente encanta as pessoas é o que vem de dentro. Por isso queridas, bem vindas à meu post de auto-análise, e se me permitem um conselho: vivam! se permitam!
A nossa alegria muitas vezes mal interpretada é simplesmente a voz dos nossos corações. E são tão belos e puros, vocês sabem! Refletindo sobre o nosso passado e a nossa história, penso que estaríamos cometendo um atentado contra a nossa essência se tentarmos por um instante matar essa alegria nata. Viemos de uma família de excessos sim, mas além dos pecados humanos, temos humanidade de sobra. E isso se reflete nos natais, e nos aniversários; aonde apesar dos exageros, ainda podemos sentar todos juntos no solo e nos abraçarmos e chorar por nos amarmos tanto. Sabendo que as mãos estarão lá, sempre estendidas. É nessa hora que todos os tropeços são perdoados. Todos os julgamentos se tornam relevantes devido ao amor. Esse amor recíproco incontestável e em primeiro plano que nos souberam passar através das gerações. Não tenham medo dos julgamentos. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Ninguém, mas somente você pode justificar os seus erros e comportamentos. Tem muita história atrás de um ser humano, muitos por quês.
Então: VIVEMOS! Vamos levar essa vida com a mesma alegria e o mesmo ardor dos nossos pais e tios. Somos tão, tão abençoadas, que os medíocres que não entenderem essa nossa pré-disposição para a VIDA, que nem cheguem perto.
Amores, cheguei à conclusão que o nosso poder de atração está justamente na espontaneidade.
E posso lhes contar um segredo? Deus nos reserva algo fabuloso, digno de nosso merecimento.
Perdão aos melodramas e dilemações, mas eu simplesmente não poderia deixar de dividir com vocês a tamanha alegria que sinto em meu coração neste momento eventual.
Vamos aproveitar essa vida, para que às 4 da tarde da tal terça-feira modorrenta, possamos olhar para trás e dizer: "valeu a pena".


*Peço licença aos leitores pelo post mais uma vez pessoal ;)

domingo, 29 de julho de 2007

Perfection... HA!

Estou encantada com essa tal lei da atracao. Estava a pensar: se tenho mesmo o poder de atrair o que bem entender para a minha vida, o que estou esperando? Venha a vida que sempre sonhei!!!
E se algumas coisas que sempre quis ainda nao vieram para mim, quer dizer entao que talvez nao era para ser; ou talvez eu nao deseje assim do fundo da minha alma. Certo?
Isso me faz repensar as coisas.
E a possibilidade de talvez nunca ter desejado o que pensava que sempre quis, com a intensidade necessaria para trazer para a minha vida, me faz pensar que os meus problemas na verdade nunca foram problemas. E que se nao os atraio, é porque nao os quero.
Viva o paradoxo!
Descobrir esse segredo a tempo foi algo realmente fascinante.
Que a vida real diga amém.

p.s. desconsiderem esse post, é coisa intrigantemente pessoal.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

LUTO

Não posso deixar de comentar o assunto da semana. Infelizmente não poderei fechar os olhos e constatar que tudo não passa de um pesadelo. Falo como mais uma brasileira que se encontra profundamente perplexa diante das consequências desastrosas as quais fomos submetidos na última terça feira. Sabe o mais revoltante? É saber que a situação poderia ter sido evitada. Prevista. Cuidada.
Dói é saber que o governo não tem pulso e nem moral para nos oferecer ao menos pistas de aeroportos decentes. Dói constatar que nenhuma medida fora previamente tomada frente à possíveis falhas em um dado aeroporto no meio da cidade mais populosa do nosso país. Dói a omissão e a falta de caráter dos nossos representantes com aqueles que dedicam cerca de 5 meses de seu ano ao honeroso pagamento de impostos. Dói assistir passiva a todo esse absurdo.
Mas sabe o que é mais grave nesta história toda? É que dessa vez assistimos simplesmente ao maior desastre aéreo já registrado na aviação brasileira. Cena digna de terroristas de Osama. E nem precisamos da ajuda dele, sabem por que? Porque nós mesmos elegemos os nossos! Todas essas críticas e páginas de jornais custaram muito mais do que o agravamento do caos aéreo do país, nada mais do que 200 vidas. Três famílias inteiras. Bebês. Mães que perderam 2 filhos. Tantos e tantas brasileiras que ainda tinham uma vida pela frente. E sonhos a seguir. E famílias a construir!
Fico tentando mensurar a dor de uma mãe que perdeu as suas duas filhas e a mãe. Num mesmo dia. Numa mesma hora. Em uma situação que poderia ter sido evitada. Fico a imaginar o que será da vida dessa pobre mulher. Aliás, vida? Que vida?
O que um empresa de seguros pode propor de idenização para essas famílias, meu Deus? Nem bilhões cessariam a imensa dor que sentem. Nem fortunas inteiras, eu tenho absoluta certeza disso.
O ser humano não nasceu preparado para a morte. Para a perda de entes queridos. E digo isso por experiência própria. É uma dor que fere, remexe, não cessa. Uma falta que nunca poderá ser suprida; uma imagem que aos poucos vai sumindo da sua memória mesmo que você lute contra isso. E por mais que se passem os anos, um belo dia você acorda e sente aquela mesma dor. Na mesma intensidade. E uma saudade cruel.
Não estou aqui tentando escrever bonito e nem ser demagoga, estou aqui como brasileira e como ser humano, pedindo a Deus ardentemente que tenha misericórdia dessas famílias. Que proporcione nada mais do que a paz em seus corações. Que abrande o sofrimento; que console a alma.
E aos que se foram, que repousem nos braços de Deus. Em um lugar repleto de amor e justiça.
Aonde governantes ainda tenham consciência e coração.
Como este meu, que graças a Deus ainda bate aqui dentro.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Na era da Gestão do Conhecimento... Conheça-se!

Eu amo escrever. Escrever é terapia, é prazer, é viagem.
Não há nada melhor do que poder exponenciar as suas emoções para fora. Uns, por intermédio de simples bilhetes mentais; outros, através da proza publicada. Cada ser humano manifesta a sua vivência de forma singular.
Eu recomendaria escrever. Escrevam! Dêem asas à imaginação, deixem que os sentimentos se extravazem. Que seja para a sua amiga, para o seu pai, ou pra você mesmo.
Parece bobagem, mas tenha um diário! Construa reflexões palpáveis dignas de sua posterior auto-reflexão.
Eu sou meio suspeita para falar, pois sou uma apaixonada pelas palavras. Juro que posso ve-las sorrindo e acenando para mim a todo instante, implorando para serem aprendidas. As amo!
Tem coisa melhor do que aprender algo novo? Eu acho fascinante!
Nesse processo de auto-conhecimento o qual me propus a pouco tempo, tenho feito descobertas fantásticas. E constatado algumas falhas da humanidade, conjuntamente.
Ja repararam como o homem se tornou um ser automático? Recentemente tive a oportunidade de assistir a uma palestra, onde o professor justamente dilemava sobre os milhares de movimentos e comportamentos pré-definidos os quais nos submetemos diariamente. Ja pararam pra pensar? Eu sou uma vítima confessa. "Todo dia ela faz tudo sempre igual..." te soa familiar? Acordo praticamente com o mesmo pé da cama todos os dias, escovo os dentes da mesma maneira, enxugo-me do banho nos mesmos movimentos programados! É assustador tamanha falta de criatividade. Já repararam a tendenciosa mania de sempre sentarmos no mesmo lugar do sofá? Ou de sempre abrir a geladeira mantendo o mesmo campo de visão?
Estou intrigada. Já foi dito aqui, mas repito: eu quero revolucionar o meu lado direito do cérebro! Quero pensar, fazer diferente!
Somos dotados de tanta capacidade e não nos damos conta... o ser humano utiliza somente cerca de 5% da capacidade do seu cérebro e mesmo assim vivemos num mundo de total modernidade. Fico tonta só de pensar humanos utilizando algo como... 40%?
Vou me atrever a parafrasear Pedro Bial: Se pudesse dar um conselho à humanidade, aha, além do Filtro Solar, diria: escrevam! Escrevam para si mesmos e se apossem de suas próprias reflexões.
Tenham a audácia de se tornarem donos de seus próprios destinos!
Aí está a evolução da raça humana. Os benefícios são a longo prazo.
Isso foi por mim.