quinta-feira, 26 de maio de 2011

Aff...

Comeca sempre assim.
Uma forte e implacavel inquietacao.
A ponto de perder o controle.
Angustia e obstinacao.
E o resultado e isso aqui.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ler mais para ser mais

Hoje eu tenho o orgulho de dizer que sou parte da população que descobriu os prazeres intrínsecos da leitura descompromissada. Aquela que você faz sem obrigação, por puro prazer.
Descobri essa delícia quase como a maioria da pessoas: através de um livro besta, qualquer. Mas que para mim foi de grande valia pois conseguira me prender durante toda a leitura, fazendo por mim aquilo que outro jamais fizera. No meu caso foi Bridget Jones a responsável, uma das minhas grandes heroínas modernas até os dias atuais.
Resolvi entrar nesse assunto aqui no blog depois que li a revista VEJA da semana passada. Me surpreendera  a matéria de capa ser sobre um assunto tão "velho": o hábito de ler.
Engraçado é em plena era da internet, observarmos a indústria editorial se saindo tão bem. Contraditório até.
A meu ver, quanto mais nos modernizamos, mais contra a maré queremos ir. É assim com vocês também? Me causam arrepios pensar em um mundo completamente digitalizado, com e-books, pen drives, telas de projeção e todos os "e-things" possíveis e imagináveis.
Já disse e repito: sou daquelas antigas, que gosta ainda das coisas paupáveis e ao alcance.
Dispenso muitas vezes até a TV. Acho o livro muito mais místico quando ele nos permite divagar livremente dentro de nossa imaginação sem amarras. Inventar rostos e personalidades, julgar sem represálias.
O livro nos protege até mesmo da solidão.
Sem contar os inúmeros benefícios do conhecimento.
Eu amo livros e espero passar esse amor aos meus filhos e aos amigos que se encontrarem abertos para descobrir esse inestimável prazer.
LEIAM sempre, é sem contra-indicações!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Zezé, Luciano, Leandro, Leonardo, Chitaozinho, Xororó.

Vida cada um tem a sua. A história de cada indivíduo caminha ao longo dessa chamada passagem terrena e vai sendo construída através de uma sucessao de momentos. Momentos que marcam sendo felizes, edificadores, difíceis, errantes e mil adjetivos mais.
E graças à pluralidade infinita da humanidade, cada vida é marcada de um jeito. 
Assim se formam famílias, valores, emoçoes e gostos musicais.

Lá estava, à margem de meus 10 anos de idade, quando viajávamos felizes dentro de um carro guiado por papai, pelas estradas do Sudeste. Éramos nós cinco dividindo uma cumplicidade e um amor inexplicável. Uma mistura de inocência infantil, heroísmo paternalista, expectativa de viagem, pais com filhos pequenos que ainda podiam ser levados sempre à tiracolo, perguntas de criança, férias, família unida e uma música ao fundo. Sempre os mesmos CD`s a servirem de contexto para aquelas viagens felizes. Uma época sem preocupaçao, sem muitos problemas, vivendo na mais deliciosa simplicidade. Fora os outros muitos momentos que poderia citar aqui, sempre entrelaçados à pessoas amadas. E lá estavam... as mesmas músicas ao fundo.

Nao tenho o mínimo receio de falar que adoro as duplas sertanejas Chitaozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo. Essas seis pessoas, artistas adorados popularmente, evocam em mim as mais sublimes lembranças. Aquelas deliciosas - como cheiro de chuva ao entardecer.
Tenho uma estranha sensaçao de proximidade com estes cantores. Sinto como se fosse quase um contato familiar. Estranho, nao? Certamente entendo que isso se deve à minha criaçao e imaginaçao, pois ainda nao tive o prazer de conhece-los pessoalmente. Mas isso me basta. Assistir à um show ou ouvir à algum de seus CD´s já é suficiente para trazer a boa "velha nova".
E quanto mais velha fico, mais saudosista me torno desses momentos cada vez mais raros. A maturidade é algo fantástico, mas aquela família feliz, sempre unida e alegre, sem dúvidas era muito melhor. Ser criança era um privilégio.
Pode ser ilusao - contudo me dou ao luxo de deixar a minha imaginaçao livre - mas admiro sim esses sertanejos como seres humanos. A história de vida, a superaçao, a formaçao de família, as músicas bregas (adoro!), a idéia de fazenda, interior, natureza, simplicidade e música.Tudo o que me faz feliz.

Ai, como é bom viver com a falsa ilusao de bondade, simplicidade, bons valores e seres humanos decentes!
Faz parte do meu mundo imaginário ideal.
Podem me chamar de brega, o que for, mas só eu sei o bem que me faz. 

Quisera eu que todas as minhas idealizaçoes fossem realidade!
Nao sao, mas em minha mente e nesse espaço sou eu quem mando.
Cultivemos as boas lembranças!
E viva os A.M.I.G.O.S!



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Leveza para a segunda-feira

Vocabulário feminino - (Leila Ferreira)


Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item

obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um

verbo de quatro sílabas: descomplicar. Depois de infinitas (e imensas)

conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com

mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos,

reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho.

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão

falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.
Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher

moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos

sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos

deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias

que já nos contamos mil vezes - isso, sim, faz bem para a pele. Para a

alma, então, nem se fala. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o

namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez

(desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma

boa amizade consegue proporcionar.
E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário

duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e

silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes

por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a

ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir,

contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os

próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é

preciso.
Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher

mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste

atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela

amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós

mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.
Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo

todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos

e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas

mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias,

descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua

salada de alface e seu chá verde sozinha.
Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que,

essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter

classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é

infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele

velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do

outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na

fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na

academia.
E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser

indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai

fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia

(quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard

Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. E

recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos

relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o

para reinventar a si mesma.
E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra

perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades,

inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe

perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a

esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é

tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não

arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são

mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são

mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas),a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mundo Digitalizado

Nesse mundo interconectado perdemos tempo demais.
A propósito, devo constatar que a noção de tempo ficou bem subjetiva após agregarmos ao nosso dia-a-dia os celulares, computadores, I-Pads e Nextels.
Uma hora em frente ao computador é bem diferente á uma hora esperando num consultório odontológico. Qual será o fator determinante dessa diferença inquestionável? Porque que ela existe, isso é um fato.
Sou muito grata pela evolução humana e tecnológica, e como qualquer mortal que não seja avesso à tecnologia, também me sinto nua quando estou sem celular. Mas ao mesmo tempo não gosto desse sentimento.
Como nos deixaram assim? Penso às vezes até em uma conspiração da CIA ou da indústria capitalista, ávidos a nos domar como ratinhos de laboratório, nos tornando eternos reféns de seus produtos.
Sou careta em algumas coisas. Por exemplo, não queira me obrigar a ter um "Smartphone", conectado 24h à internet, para conferir meus e-mails freneticamente a cada segundo. Eu não tenho paciência e me sinto coagida. Confesso que muitas vezes nem atendo o telefone. Taurina e teimosa como eu só, olho para aquele aparelhinho a chamar e penso "Ah tá, atendo se eu quiser. Não quero falar com ninguém agora."  Amigos, não levem para o lado pessoal, essa sou eu.

Eu tenho uma mente antiga. Gosto do palpável, do visível. Amo livros e o prazer abstrato que eles me proporcionam quando deixam a minha imaginação fazer o que bem entender com seus personagens. Gosto de me deitar na cama e folhear as páginas novas do recém adquirido. De observar as palavras e colocações bem escritas. De passear pela poesia.
Não sou muito de ver vídeos na internet e detesto ler em frente a tela. Informação demais me deixa tonta.

Curioso mesmo é o meu pai, que até hoje recusa a se render ao mundo moderno. Até pouco tempo atrás possuía um telefone analógico com funções de orelhão mesmo. A operadora entrou em contato informando que a tecnologia analógica seria tirada de linha, e o presenteou com um celular funcional. Ele vive desligado e só é utilizado em emergências.
Pergunte se meu pai é feliz?!

Enfim, que já estamos à mercê de "Bill Gates" da vida, isso é certo. Mas podemos ainda nos dar ao luxo de vivermos ausentes do mundo de vez em quando. É saudável para a alma dar aquela desligada vez ou outra.
Embora isso não deva durar muito: até o meu pai, quando não está pescando no meio do mato, se rende às vezes aos aplicativos do I-Pad.
Vê se pode!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

"Compreender a marcha e ir tocando em frente..."

 

Eis acima a transcriçao figurativa do meu momento atual.
Estou a mil e sem saber por onde começar. As idéias vem e vao, numa velocidade assustadora, que me impede as vezes até de exterioriza-las antes que se apaguem de minha memória. 
Já dilemei aqui sobre a responsabilidade de se fazerem escolhas sendo ainda tao prematura mentalmente. Mas há alguns meses tomei uma decisao definitiva para a minha vida profissional. Assim espero. 
E agora vejo um caminho longo e perverso à frente, que depende única e exclusivamente de mim para ser percorrido. E o pior, já me sinto naquela fase aonde nao posso mais tropeçar ou cometer erros, nao há mais espaço para se pensar em voltar atrás. Os hobbies prazerosos deverao ficar em seu lugar, e minha formaçao inicial deverá servir para algo. Tudo é conhecimento. 
Começar a conhecer uma nova área aos 26 anos nao é tarefa fácil. Ela me dá medo. 
Me pergunto a todo instante se vale a pena, se é isso mesmo, se vai dar certo. E o tempo virou o meu pior inimigo. Começar uma nova faculdade agora é loucura. Ou nao? Estudar mais ou me arriscar na prática sem fundamentos sólidos?

Engraçado mesmo sou eu, madrugada adentro, tentando ferozmente entender os fundamentos da física estrutural. O livro se chama "Porque os edifícios ficam de pé". Por enquanto ainda estou em minha zona de conforto: passeio sem medo pelas páginas da história da arquitetura. Modéstia a parte, tudo que é história ou humanas, eu tiro de letra. Adoro uma "viagem", como já devem ter percebido. Mas já comecei a rezar antes que chegue na parte dos "X", "Y" e logaritimos. Eles nunca gostaram de mim. 
Mas logo me canso e antes de ser vencida pelo sono, vou me distrair com o sequestro de Ingrid (Eu indico!) na selva Amazônica. Infinitamente mais interessante.
Logo a aurora se dá e tenho que dar continuidade à minha escolha. MBA, cursos, empregos, aí vou eu!
E uma bela aula prática também está por vir. Prazer mesmo deve ser ver uma casa tomando forma à mercê de seu comando. E virá!
Nao tem mais jeito. Agora é firmar o corpo e enfrentar o desafio.

terça-feira, 3 de maio de 2011

A História que acontece.

Era uma manha normal de segunda-feira quando recebemos a notícia de que o homem mais procurado do mundo estava morto.
Assim como fora numa terça-feira modorrenta, há 10 anos, que também assistimos perplexos à tragédia das Torres Gêmeas.
E de repente, vendo imagens confusas de um banho de sangue em um quarto da mansao do terrorista, nao sei que sentimento cultivar sobre o acontecido.
Osama Bin Laden está finalmente morto. O chefe, a cabeça pensante do grupo Al-Qaeda, nao vai mais planejar e comandar ataques terroristas pelo mundo.
Senti repulsa. A tal chamada vingança poderia ter sido ser feita de outra forma.
Ver americanos festejando e comemorando a morte de quatro pessoas, mesmo nas dadas circunstâncias, me trouxe estranheza.
Nao sei o que pensar sobre esse assunto, sinceramente. Represálias virao, isso é certo. Violência atrai vingança, ódio, radicalismo, revolta e todos esses sentimentos que devemos lutar contra para sermos pessoas melhores.

De outro lado, tivemos um casamento real de alta aprovaçao popular e uma beatificaçao de um grande homem.
O mundo está imerso em uma confusao de sentimentos e valores.
Assim como a geraçao atual e precedente.
É bem piegas falar isso, mas estamos sem dúvidas precisando lembrar do amor ao próximo.
Vale parafrasear um grande cantor da música brasileira: a verdade é que estamos todos surdos.

Outro dia, um cabeludo falou:
"Não importam os motivos da guerra
A paz ainda é mais importante que eles."
Esta frase vive nos cabelos encaracolados
Das cucas maravilhosas
Mas se perdeu no labirinto
Dos pensamentos poluídos pela falta de amor.
Muita gente não ouviu porque não quis ouvir
Eles estão surdos!