terça-feira, 8 de abril de 2008

L'arte d'arrangiarsi...

Pode ser que seja reflexo da juventude idelista, mas pode ser que seja um traço peculiar da minha personalidade também. Estou lendo um livro, ou melhor, pela primeira vez relendo um livro que adquiri meio que por acidente. Intitula-se "Comer, rezar e amar", de uma autora americana chamada Elizabeth Gilbert.
Sem demagogia e crises de mulherzinha: posso dizer que é um livro altamente recomendável.
Liz é engraçada, leve e complicada ao mesmo tempo. É um romance secretamente recheado de auto-ajuda e espiritualidade. Bom para quem nao sabe muito bem o que quer da vida.
Tornou-se entao a minha bíblia sentimental para momentos emergentes. Costumo brincar que o levarei sempre comigo, para eventuais dramas fora de hora.
Se puder, sinceramente, leia.

Outra coisa fantástica que me despertou, foi a súbita vontade de aprender a falar... italiano!
Haan?!
Mas por que? Por nenhum motivo em especial, nenhum plano futuro... mas pelo simples prazer.
Quer motivo maior?
De acordo com o mesmo livro, a língua italiana nao foi originada de uma metrópole, como algumas línguas européias como o português ou o espanhol. Mas sim, de um minuncioso trabalho de arte. Explique!!
O italiano standard, usado hoje na Itália, é descendente dos dialetos da Toscana, especialmente aquele falado em Florença, um dos mais importantes centros culturais da História italiana. Este dialeto ganhou prestígio sobretudo após ser usado por Dante Alighieri, o maior escritor italiano. Assim, o italiano é considerado uma das línguas mais lindas do mundo, porque é "Dantesco", ou seja, é como se o inglês falado no mundo inteiro se originasse do dialeto de Shakespeare. Falaríamos assim, um inglês "Shakesperiano", com toda a beleza que isso possa implicar.
Serao razoes suficientes? Para mim, sim. Mal posso esperar para balbuciar e cantarolar expressoes como "bel far niente", ou... "Atraversiaaaaamo..."
É fantástico e melódico!


"O prazer mundano, a devoção religiosa e os verdadeiros desejos.
Elizabeth Gilbert estava com quase trinta anos e tinha tudo o que qualquer mulher poderia querer: um marido apaixonado, uma casa espaçosa que acabara de comprar, o projeto de ter
filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada,
sentia-se confusa, triste e em pânico.
Enfrentou um divórcio, uma depressão
debilitante e outro amor fracassado. Até que decidiu tomar uma decisão radical:
livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma
viagem de um ano pelo mundo – sozinha. Comer, Rezar, Amar é a envolvente crônica
desse ano. O objetivo de Gilbert era visitar três lugares onde pudesse examinar
aspectos de sua própria natureza, tendo como cenário uma cultura que,
tradicionalmente, fosse especialista em cada um deles. "Assim, quis explorar a
arte do prazer na Itália, a arte da devoção na Índia, e, na Indonésia, a arte de
equilibrar as duas coisas", explica.
Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou os onze quilos mais felizes de sua vida. Na Índia dedicou-se à exploração espiritual e, com a ajuda de uma guru indiana e de um caubói texano surpreendentemente sábio, viajou durante quatro meses. Já em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina.
Tornou-se discípula de um velho xamã, e também se apaixonou da melhor maneira
possível: inesperadamente.
Escrito com ironia, humor e inteligência, o best seller de Elizabeth Gilbert é um relato sobre a importância de assumir a responsabilidade pelo próprio contentamento e parar de viver conforme os ideais da sociedade. É um livro para qualquer um que já tenha se sentido perdido, ou pensado que deveria existir um caminho diferente, e melhor."

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