terça-feira, 28 de agosto de 2007

O Brasil e suas "CPMFs" cancerígenas.

Leio e releio as matérias sobre o "maior julgamento da história" do STF, tentando em vão, memorizar os 40 nomes que fazem parte de toda essa vergonha política brasileira. Quarenta nomes é muita coisa, 40 rostos é muita fisionomia para fotografar mentalmente corruptos que provavelmente ficarão impunes mais uma vez. Como já confessara anteriomente, até pouco tempo era mais uma dos milhões de ignorantes políticos brasileiros, que inocentemente me encontrava aquém das informações. Não que me considere uma entendida no assunto, mas agora posso me gabar de algum pouco conhecimento. Li recentemente sobre a história do nosso excelentíssimo Supremo Tribunal Federal, a última esperança. Ou sendo bem sarcástica, aonde tudo termina em pizza. É inaceitável que durante toda a história de julgamentos em vossa chamada casa da democracia, o STF não tenha condenado UM político corrupto sequer! Como disse certo jornalista, nessa brincadeira quem se ferram são só os deputados de baixo escalão e secretarios...
Os peixes grandes continuam aí, mandando e apodrecendo a política brasileira diariamente, até que enfim sejam pegos por alguma doença terminal no fim da vida, como recentemente aconteceu com o senador ACM. Mas até que a vida resolva dar a sua volta, ficamos nós aqui, a sofrer como palhaços, anos a fio. A impunidade é sem dúvida nenhuma o câncer do Brasil.

Já ouvi comentários de alguns formadores de opinião mais otimistas que desta vez não vai dar em pizza, pois o que está em jogo é a credibilidade democrática da república.

Infelizmente, a minha recente incredulidade judiciária adquirida me impede de acreditar em tal visão otimista, a menos que em poucos meses veja os rostos de José Dirceu, Genoíno, Silvio Pereira e Marcos Valério atrás das grades. Ou sendo ainda mais sonhadora: pra mim quem deveria responder por toda essa vergonha, não seria nada menos que nosso excelentíssimo presidente da república. Quem sabe na cadeia ele não poderia refletir se sabia mesmo ou não, de alguma coisa. Mas acredito que isso ainda vá se estender até que nossas memórias cansadas de tanto lero lero resolvam se ocupar com algo mais "importante". Daqui a pouco inventam mais um Pan para nos tapear.

Para opiniões mais sólidas, recomendaria atrasar um pouco o sono na noite de amanhã, e assitir ao programa do Jô e suas meninas. (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4084759)
Imperdível e essencial.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Desvaneios sobre a solidão.

É sabido que a humanidade coexiste em sociedade. O homem precisa da presença multilateral de organismos vivos para que a evolução seja assegurada. Além do corpo físico, há também um plano abstrato, até hoje rodeado de mistérios e incertezas, o qual chamamos de alma. E é dentro deste plano sensorial que se originam os sentimentos, os sonhos, e tudo mais intangível que sustentam as nossas relações humanas.
Conviver, coexistir, relacionar, socializar. A princípio este é o propósito da espécie.
Mas ao mesmo tempo em que somos seres grupais, existe também uma grande parcela de individualidade presente em nossa essência.
O homem constitui-se em um ser essencialmente sozinho.
Baseando-me em minhas experiências, gostaria de defender o lado bom da solidão.
Não aquela solidão a dois, mas a solidão de um; do ser; da existência.
Talvez a tarefa diária mais penosa seja a convivência com nós mesmos. É uma obrigação que nos fora imposta em forma de carma. Não há como fugir do eu. E sendo bem filosófica, diria que a caminhada da vida percorre os trilhos do auto-conhecimento.
Tenho lido sobre o assunto e concordo com certo ponto de vista exposto por uma autora a qual não me recordo o nome, mas que acredita que conviver consigo próprio todos os dias e não enjoar ou depreciar-se com a sua própria figura interna e externa, é um desafio extenuante. E não é que concordo? Muito mais complicado do que toda essa história de relacionamento, é a verdade do eu.
Para o nosso bem é necessário separar momentos de reflexão individual em nosso dia-a-dia. Sempre faço isso, acredito que esta é a chave da maturidade.
Aprender a ficar bem sozinho é uma grande alegria, pois atesta a nossa capacidade de aceitação. E o sentimento logo após transcende, exponencia.
Pensando bem ser sozinho é ser humano, a moeda sempre tem dois lados.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A tarde de 29 de Marzo...

Era uma bonita tarde de inverno. Passei a mão no casaco e saí a esmo, decidida a viver um momento íntimo e peculiar. Entre eu e a cidade. Já permanecia há algum tempo naquele lugar, entretanto não visualizava sentimentos fraternos, o que me deixava incomodada. Sabia contudo, que imediatamente ao deixa-la, sentiria aquela dorzinha de nostalgia, tão comum em casos de perda. Assim então saí a procura de encantos.
O primeiro hábito adquirido naquela nova vida foi o de andar. Caminhar. Passear. Nada mais turístico do que usar do benefício do próprio corpo para apreciar as belezas do velho mundo. Tantos prédios, ruas estreitas, portas do século passado. Cães, quantos cães! Talvez sejam eles o estepe de sentimentalismo resgatado por um povo cheio de etiquetas.
Passo mais uma vez pelo metrô, pelos parques, pelo comércio. Por alguns minutos me dou o direito de desfrutar de um grande prazer feminino: as vitrines! Obviamente inundadas de peculiaridades culturais, não encontro a beleza. Mas isso não importa.
Continuo a andar, andar muito. Possuo um desejo latente de conhecer e olhar tudo o que ainda não habita o meu campo de visão. Acidentalmente percorro um bairro gay, o que logo acho fantástico pois sei que só o veria aqui, em um país menos conservador.
Sobe rua, desce rua, olho para os lados e visualizo estátuas históricas por todo o caminho, deixando evidente um tempo de lutas. Nem me atrevo começar a dilemar sobre o teor histórico desta cidade, e nem a pensar em tantas vidas passadas, tantos costumes extintos. Privilegiadamente escuto este idioma novo em cada esquina que me fascina o aprendizado.
Por todos os lados livrarias, monumentos, museus, cultura.
Povo apressado, frio talvez; mas de uma individualidade respeitosa.
Por um instante imagino como seria viver em um país com uma população proativa, que exige seus direitos aos governantes e é beneficiada pelos serviços que realmente funcionam.
Presuntos, tantos presuntos! Artistas de rua abusando da criatividade. E o melhor: aqui posso caminhar despreocupada. Este deveria ser um direito humano em todas as partes do mundo!
A cidade permanentemente inundada por turistas, transforma os habitantes locais em cidadãos do mundo. Sentimentos de profunda gratidão subitamente brotam do meu ser. Minha memória começa a registrar fatos inconscientes. Lembro-me sobretudo dos cheiros. Da luz daquela tarde. De pessoas anônimas. Lembro-me exatamente de como me sentia ao andar pelos becos estreitos em ritmo de despedida. Me pego tentando abraçar as paisagens com o olhar, como se fosse a última vez. De repente preciso de algo abstrato, porém verdadeiro, para relembrar todas as vezes que ousar pensar.
Não sei o que mudou, mas a partir daquela tarde ordinária, sinto puro sentimento de amor altruista por aquele que fora o meu lar por algum tempo. Sento-me em um charmoso café, promessa desde a minha chegada, para curtir aquele ar europeu. Frio, café, echarpes. Tudo tão diferente. Teorizo sobre as relações humanas fantásticas que pude viver aqui. E sobre a experiência pessoal única e engrandecedora.
Sentindo uma deliciosa presença divina, posso flagrar lágrimas de alegria descendo sobre a minha face. Sim, agora assim tenho a certeza de que voltarei sempre aqui... com esse mesmo sentimento de amor. Como costumo dizer: tempo bom... tempo feliz.
Te echo de menos, Madrid!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Felicidade é um caminho...

Queria escrever sobre a estabilidade, peça regente de minha vida neste momento. Quando penso no tempo presente só me ocorrem espasmos de tranquilidade, calmaria, paz.
Diria que entre os grandes acontecimentos e a inércia entediante, me encontraria no meio.
No quase.
Nem cheio, nem vazio.
E isso, ao contrário do tédio, me enche de paz.
Vivo um momento raro e inesperado em minha vida, onde de repente todas as minhas luzes se voltam para mim. Prioritariamente! Algo como um narcisismo egoísta, recheado de benefícios próprios.
Bem vinda à era do EU! Desprovida da vaidade gananciosa, mas cheia de auto conhecimento.
Na atual era das aparências, a beleza externa desempenha um papel maior do que o visual em si: ela abre portas!
Cruel, sim; porém a mais pura verdade.
E ao invés de nos martirizarmos com ressentimentos, devemos saber aproveita-la. Para assim mostrar o que realmente importa.
Corridas, academia, tratamentos estéticos e afins ficam em segundo plano, apesar de estarem me fazendo muito bem. Prefiro a intelectualidade, ela me levará às alturas.
A beleza vem de dentro, é isso que todas as pessoas do mundo deveriam saber.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Irradiante

Luz; 3ª pessoa do singular, presente indicativo de luzir.
Do Latim luce
Luz, segundo a física é a radiação electromagnética visível, com diferentes comprimentos de onda, que constitui o espectro da luz solar e cuja partícula fundamental é designada fotão;
claridade produzida por qualquer fonte luminosa, por qualquer substância em ignição;
fulgor;
brilho;
No figurativo;
evidência;
saber;
civilização;
(no pl. ) a ciência;
(no pl. ) o progresso;
(no pl. ) noções;
(no pl. ) conhecimentos.
dar à -: parir;
vir à -: surgir, aparecer.
Vida louca, louca vida.
Can you feel it?

domingo, 12 de agosto de 2007

uma LUZ no fim do túnel...

Lucidez. Essa é a bola da vez!
Me sinto aliviadamente consciente para grandes aspectos da minha existência. E agradeço a Deus. Acredito que esse seja o caminho mais curto para encontrar a paz interior.
Já era tempo mesmo de abandonar pouco do meu mundinho cor de rosa. Sonhar é bom, mas devemos ter cuidado. Sonhar com os pés no chão e ter força de vontade para realizar objetivos, essa é a verdade.
Planejar, medir, questionar e mais do que nunca arregaçar as mangas para adentrar esse mundo real. Cheio de cores pálidas, cheio de desafios; mas também de muitas recompensas.
O papo de maturidade começou a surgir em minha mente há algum tempo, mas só agora posso começar a senti-lo. Não me lembro tal sensação de estabilidade emocional há muito.
Questões que sempre me pertubaram muito, já não fazem tanto sentido. Assim como
algumas pessoas, que naturalmente estão perdendo força. E mesmo assim me sinto tão... calma. Tão feliz e leve.
O caminho do auto conhecimento realmente funcionou para mim, e tenho cada vez mais sede! A fase é de crescente satisfação com o meu eu, estamos em festa!
E viva a vida e toda a sua plenitude!
Ah, a propósito, feliz dia dos pais, hoje é um dia especial!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

"O verdadeiro revolucionario é movido por um grande sentimento de amor."

Acabo de ver um filme impressionante. Aliás, mais um deles desde que emergi no mundo dos filmes cult. "Diários de Motocicleta".
Fascinante.
Além de te fazer querer viajar por toda a América Latina.
Engraçado como o interesse pela cultura dos países desenvolvidos é prioridade em nossas mentes. Pura estupidez, quando temos um mundo de diversidade vizinho. Valorizar uma própria cultura é desejar primeiro conhecer esse imenso Brasil, seguido da América Latina, para depois então desbravar outros continentes. O povo, as línguas, a nossa história.
Ignorante confessa, ainda não conhecia a história de Che Guevara. Pra falar a verdade ainda não conheço, apenas li algumas páginas de internet. (Biografias, aí vou eu!)
Mas pelo pouco que li, já deu para admira-lo. Abstendo-me das visões socialistas ou capitalistas, o idealismo de Che me impressiona. Acho fantástico as pessoas que não passam essa vida em branco. Que lutam por um ideal, que tem a coragem de desbravar caminhos e que não se rendem à futilidade cotidiana. Tenho isso forte em mim e espero não passar a minha própria existência suficientemente conformada. Mas isso é assunto para uma outra hora.
A questão é, se Che fora um brutal assassino, ou um revolucionário estúpido, ainda irei descobrir nos livros de história (perdoem a falta de cultura), mas pelas passagens diárias relatadas no filme, proponho um brinde ao exemplo! À humanidade! À postura pro ativa! Ao médico corajoso. Ao defensor dos oprimidos. Emocionante a cena em que ele se atira no lago e atravessa-o para ir ao encontro dos leprosos. Penso eu que poucos humanos se sujeitariam a isso.
E incluo a minha pobre alma covarde nesse montante. O que mais queria em mim era mais postura pro ativa. Quero sair do idealismo e rumar à ação social. Gostaria de fazer algo para este mundo.
Encantadoras também são as cenas dos muitos povoados latinoamericanos. Se poderemos um dia ser uma américa unificada como propos Che, eu não sei. Só sei que este povo merece exaltação. Não sei bem o por que, mas ao contemplar rostos peruanos, colombianos, entre outros; sinto um profundo sentimento de irmandade. Incrível como seus rostos cansados e sofridos, que me parecem nascidos da própria terra, retratam a mais pura vida. Sim, vida. E não essa rotina privilegiada que nós capitalistas levamos. Ver aquelas pessoas morando em cabanas, vestindo farrapos de roupas, completamente aquém a este mundo moderno e competitivo o qual habitamos, me faz pensar. Pensar em como em pleno século XXI, aonde a realidade de uma carreira, empresas, cargos e acensão social me parecem indubitavelmente paupáveis, ainda exista tanta gente no círculo de exclusão.
Aí eu peço licença para viajar em minhas divagações sobre o sentido da vida. Já pararam para pensar qual é a missão desses povos no mundo? Para mim é intrigante.
Sempre me pergunto a razão de se nascerem tantos sofredores, condenados a uma vida de miséria e falta de perspectiva. Qual o sentido? E que papel desempenham na esfera mundial? Meras estatísticas? Ou peças chaves para a mobilização e humanização mundial?
Enquanto somos ofertados a mundo de possibilidades, uma carreira próspera, uma família a construir; esses coitados tem uma expectativa de vida trágica, são esfomeados e vivem a mercê da falta de conhecimento. De onde nasceu a injustiça social se Deus é o mesmo para todos? Qual o papel que desempenham?
Bom, nem vou me estender neste assunto tão polêmico. Como já disse, apesar de não parecer, tenho em mim uma grande veia social, o que as vezes me transforma nessa chata humanitária.
O que quero mesmo é recomendar "Diários de Motocicleta", esse filme belo e marcante. Diferente das produções bilionárias norte americanas, ele nos oferece belas paisagens do nosso continente, além de nos instigar a refletir sobre as verdadeiras questões humanas.
"...si usted es capaz de temblar de indignacion cada vez que se comete una injusticia en el mundo, somos compañeros.."
Che Guevara

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Mestre!!!

Brasileiro é um povo solidário. Mentira. - Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É Coisa de gente otária.-Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.-Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo. -Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.Brasileiro é vagabundo por excelência. - O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.Brasileiro é um povo honesto. Mentira. - Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. - Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça. 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. - Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como "aviãozinho" do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas. O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.Democracia isso? Pense !O famoso jeitinho brasileiro.Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um "gato" puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto...malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa... O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo. Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar...O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.Para finalizar tiro minha conclusão:O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta deapanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

(Arnaldo Jabor)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Carta às primas.

"Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a belezada juventude. Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado. Mas pode crer que daqui a vinte anos você vai evocar as suas fotos, E perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em dia, Quantas, tantas alternativas se escancaravam a sua frente. E como você realmente estava com tudo em cima, Você não está gordo ou gorda... Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, E te pegam no ponto fraco às 4 da tarde de uma terça-feira modorrenta."

Na dúvida, use Filtro Solar. Tenho tentado levar uma vida mais light. Light eu digo no sentido das "pré-ocupações". Não planejar ou esperar é o caminho. Afinal conflitos internos só nos servem para nos prender em um emaranhado de dúvidas inúteis e deixar que o tempo passe. Percebo que enquanto estou tentando perpetuar uma outra postura, ou me pré-ocupando com opiniões alheias, a minha juventude viril e bela está a passar sob meus olhos. É uma fase tão viva! Tão cheia de luzes, que realmente não deveria acabar. Ontem tirei a noite para viver um momento nostalgia de fotos antigas. Que diversão! Olhar para trás e perceber os tantos momentos felizes, as tantas pessoas que já passaram em minha vida, e os tantos sorrisos direcionados uma vez a mim. Então pra que tanta encanação tentando ser algo que você não é? O que realmente encanta as pessoas é o que vem de dentro. Por isso queridas, bem vindas à meu post de auto-análise, e se me permitem um conselho: vivam! se permitam!
A nossa alegria muitas vezes mal interpretada é simplesmente a voz dos nossos corações. E são tão belos e puros, vocês sabem! Refletindo sobre o nosso passado e a nossa história, penso que estaríamos cometendo um atentado contra a nossa essência se tentarmos por um instante matar essa alegria nata. Viemos de uma família de excessos sim, mas além dos pecados humanos, temos humanidade de sobra. E isso se reflete nos natais, e nos aniversários; aonde apesar dos exageros, ainda podemos sentar todos juntos no solo e nos abraçarmos e chorar por nos amarmos tanto. Sabendo que as mãos estarão lá, sempre estendidas. É nessa hora que todos os tropeços são perdoados. Todos os julgamentos se tornam relevantes devido ao amor. Esse amor recíproco incontestável e em primeiro plano que nos souberam passar através das gerações. Não tenham medo dos julgamentos. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Ninguém, mas somente você pode justificar os seus erros e comportamentos. Tem muita história atrás de um ser humano, muitos por quês.
Então: VIVEMOS! Vamos levar essa vida com a mesma alegria e o mesmo ardor dos nossos pais e tios. Somos tão, tão abençoadas, que os medíocres que não entenderem essa nossa pré-disposição para a VIDA, que nem cheguem perto.
Amores, cheguei à conclusão que o nosso poder de atração está justamente na espontaneidade.
E posso lhes contar um segredo? Deus nos reserva algo fabuloso, digno de nosso merecimento.
Perdão aos melodramas e dilemações, mas eu simplesmente não poderia deixar de dividir com vocês a tamanha alegria que sinto em meu coração neste momento eventual.
Vamos aproveitar essa vida, para que às 4 da tarde da tal terça-feira modorrenta, possamos olhar para trás e dizer: "valeu a pena".


*Peço licença aos leitores pelo post mais uma vez pessoal ;)