quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"Amores serao sempre amáveis..."

Uma das minhas mais marcantes características, como toda taurina convicta, é a teimosia. Esse adjetivo que as vezes me traz uma série de problemas, mas assim como os dois lados da moeda, de vez em quando, também se esbarra na determinaçao obstinada.
Falo de Chico.
Sim, do Buarque de Hollanda mesmo.
Nesses últimos anos da minha vida tenho passado pela chamada fase de transiçao, ou se prefere, a famosa "crise dos 20 anos". Fasezinha conturbada e cheia dos por quês.
Mas junto com as minhas tempestades sentimentais, veio crescendo junto comigo um delicioso gosto pelas artes.
De repente me vi diante de um leque vasto de excelentes opçoes... tanto para a música, quanto para o teatro, as artes plásticas, o cinema, a história... será que é neste instante que acontece aquele chamado momento: "Achei o meu propósito na vida!" ?!
Nao me faça perguntas difíceis, o que sei é que ficava implicada com esse tal de Chico Buarque. Confesso que os meus ouvidos pouco culturais de adolescente em crise nao me permitiam ver a poesia viva que é esse cantor, poeta, compositor, amante...
O que ele tinha afinal, que era capaz de fazer uma verdadeira legiao de olhos brasileiros vibrarem em êxtase?
Voltando ao início deste texto entao, coloquei como desafio pessoal conhecer um pouco da sua história e música. Afinal, se todo mundo gostava tanto, poderia estar perdendo uma grande maravilha por pura ignorância.
E como tenho feito em mais campos da minha vida, me abri. Me permiti aprender a ouvir e apreciar. O processo, como toda adaptaçao, é lento e moroso. Mas perfeitamente válido.
Me encontro ainda no processo, mas a cada dia descubro mais e mais.
Que delícia!
Chico está deixando a minha vida mais poética.
Fica aqui o conselho do dia: Permitam-se ao novo.
O coraçao aberto sempre traz recompensas.

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