segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Desvaneios sobre a solidão.

É sabido que a humanidade coexiste em sociedade. O homem precisa da presença multilateral de organismos vivos para que a evolução seja assegurada. Além do corpo físico, há também um plano abstrato, até hoje rodeado de mistérios e incertezas, o qual chamamos de alma. E é dentro deste plano sensorial que se originam os sentimentos, os sonhos, e tudo mais intangível que sustentam as nossas relações humanas.
Conviver, coexistir, relacionar, socializar. A princípio este é o propósito da espécie.
Mas ao mesmo tempo em que somos seres grupais, existe também uma grande parcela de individualidade presente em nossa essência.
O homem constitui-se em um ser essencialmente sozinho.
Baseando-me em minhas experiências, gostaria de defender o lado bom da solidão.
Não aquela solidão a dois, mas a solidão de um; do ser; da existência.
Talvez a tarefa diária mais penosa seja a convivência com nós mesmos. É uma obrigação que nos fora imposta em forma de carma. Não há como fugir do eu. E sendo bem filosófica, diria que a caminhada da vida percorre os trilhos do auto-conhecimento.
Tenho lido sobre o assunto e concordo com certo ponto de vista exposto por uma autora a qual não me recordo o nome, mas que acredita que conviver consigo próprio todos os dias e não enjoar ou depreciar-se com a sua própria figura interna e externa, é um desafio extenuante. E não é que concordo? Muito mais complicado do que toda essa história de relacionamento, é a verdade do eu.
Para o nosso bem é necessário separar momentos de reflexão individual em nosso dia-a-dia. Sempre faço isso, acredito que esta é a chave da maturidade.
Aprender a ficar bem sozinho é uma grande alegria, pois atesta a nossa capacidade de aceitação. E o sentimento logo após transcende, exponencia.
Pensando bem ser sozinho é ser humano, a moeda sempre tem dois lados.

Nenhum comentário: